Brasil sofre mas bate República Dominicana e carimba vaga para Olimpíada de Tóquio

Em jogo sofrido, Brasil abre 2 sets, sofre o empate, e garante vitória em tie-break emocionante; seleção feminina antecipa vaga para mais uma Olimpíada

imagem cameraDivulgação/FIVB
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Lance!
Uberlândia (MG)
Dia 03/08/2019
12:33
Atualizado em 03/08/2019
12:47
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Foi sofrido, mas a vaga do vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio está garantida. Em jogo emocionante realizado na manhã deste sábado, o Brasil venceu a República Dominicana em partida do Pré-Olímpico, por 3 sets a 2 (25/22, 25/19, 23/25, 18/25, 15/10), e carimbou mais uma participação em Jogos Olímpicos.

Hoje é dia para comemorar. O principal objetivo em uma temporada atípica e extenuante com Liga das Nações, Pan-Americano, Sul-Americano e Copa do Mundo foi cumprido. Mas não será uma festa de arromba, aquela de virar a noite.

Era quase uma obrigação brasileira garantir a vaga em casa, visto que o grupo no Pré-Olímpico com Camarões, Azerbaijão e as dominicanas jogava todo o peso do favoritismo para o lado verde-amarelo. E o Brasil sofreu para virar sobre as azeris, na sexta-feira, e também oscilou em alguns momentos contra as caribenhas hoje e flertou com o perigo no início do tie-break. Contra adversárias de um nível maior, tais falhas poderiam ter sido fatais.

Instabilidade de uma Seleção ainda sem uma base titular definida, a um ano da Olimpíada, por uma infinidade de fatores. Jogadoras voltando de lesões (Tandara é o principal exemplo), outras ainda sem a condição física ideal (Natália), referências de grandes conquistas do passado sendo reincorporadas ao elenco (Fabiana e Sheilla), sem contar uma infinidade de pedidos de dispensa por problemas familiares, de saúde ou simplesmente por opção pessoal.

Ter um ano de trabalho com a vaga olímpica garantida permitirá a José Roberto Guimarães montar esse time “ideal” para Tóquio com mais tranquilidade, torcendo para que as atletas se mantenham “saudáveis” fisicamente. E cada competição daqui para frente será um verdadeiro teste para as atletas se garantirem entre as 12 olímpicas. A começar pelo Pan-Americano, em Lima, já na semana que vem.

Neste ano, algumas jogadoras ganharam espaço. Macris foi titular no levantamento após uma temporada brilhante pelo Itambé/Minas, Lorenne cresceu demais na saída de rede após as finais da Liga das Nações, Gabi se transformou em protagonista em muitos momentos, Mara e Bia se firmaram no meio de rede. Estão com crédito.

Atualmente são quase 30 atletas no radar da comissão técnica. O que, numa disputa sadia, pode fazer a Seleção Brasileira mudar de patamar e ficar mais perto de potências como China e Estados Unidos.

No ciclo olímpico mais complicado já enfrentado por Zé Roberto na Seleção feminina, com um rol maior de pretendentes ao pódio olímpico (Itália, Sérvia, Turquia, Rússia), a evolução é necessária.

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