Brasileiros que irão aos Jogos de Tóquio entram em lista de prioridade para vacinação contra Covid-19
COI e governo se articulam para que atletas, comissões e profissionais sejam imunizados. Em troca, SUS receberá cerca de 8 mil doses extras, para vacinar outros 4 mil brasileiros
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Os atletas brasileiros, membros de comissões técnicas e demais profissionais do país credenciados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, como jornalistas, começarão a ser vacinados contra a Covid-19 em maio, em logística discutida nesta terça-feira, em reunião entre a Diretoria de Imunização do Ministério da Saúde, representantes do Ministério da Defesa e do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
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O grupo foi incluído na lista de prioridades do Plano Nacional de Vacinação, e a previsão é que todos estejam imunizados com as duas doses até julho, um mês antes da Olimpíada.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) receberá doação da vacina Coronavac, por meio do Comitê Olímpico Chinês, e disponibilizará as doses ao governo federal brasileiro. Para cada membro da comitiva verde e amarela, serão disponibilizadas outras duas doses para a população.
Ao todo, o SUS receberá cerca de 8 mil doses (suficiente para vacinar 4.000 pessoas), de acordo com o "Olhar Olímpico". A ideia do governo é que as doses extras sejam uma espécie de compensação aos brasileiros que aguardam sua vez na fila de espera.
A doação das vacinas pelos chineses tem a ver com o fato de o país receber a próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, no ano que vem. Os chineses se comprometeram a doar todas as doses necessárias para vacinar as delegações que vão a Tóquio e também à Olimpíada de Inverno, além do excedente.
A Coronavac tem aval da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por isso o acordo foi possível, diferentemente do que ocorreu em países com maiores restrições aos imunizante chineses.
A explicação para a inclusão de atletas na lista de prioridades para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é que a missão faz parte de uma política pública do governo federal, que paga as viagens com recursos da Lei Agnelo/Piva e impulsiona a preparação dos atletas com a Bolsa Pódio.
De acordo com um levantamento não oficial, cerca de 80 atletas e membros de comissão técnica já foram vacinados fora do Brasil.
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