Bronze em Tóquio, Alison dos Santos vai aos Estados Unidos por evolução: ‘Ficar perto dos melhores do mundo’

Medalhista nos 400m com barreiras tem como grande meta o Mundial de Oregon, em julho

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Medalhista de bronze nos 400 m com barreiras na Olimpíada de Tóquio, no ano passado, Alison dos Santos viajou na quarta-feira para mais um estágio de treinamento no Centro Olímpico dos Estados Unidos, em Chula Vista, na região de San Diego, na Califórnia. O objetivo imediato é o Mundial de Oregon, de 15 a 24 de julho, também nos Estados Unidos, mas a longo prazo, claro, é a Olimpíada de Paris, em 2024.

- Nos Estados Unidos, vou ficar mais perto dos melhores atletas do mundo e ter a chance de competir, a partir da segunda quinzena de março. Vou buscar concentração, calma para trabalhar. Vamos competir na sequência na Europa e voltamos para Estados Unidos, onde será o Mundial 2022. O objetivo é ter mais atenção, concentrar 100%, na alimentação, descanso e treino - disse o atleta, que viajou ao lado do treinador Felipe de Siqueira e do fisioterapeuta Paulo Rezende.

Alison, do Pinheiros, encara com tranquilidade a missão de melhorar seus resultados. Meta nada fácil para um atleta de 21 anos, que quebrou seis vezes o recorde sul-americano e obteve a fantástica marca de 46s72, na final olímpica em 2021, a terceira melhor da história.

- Voltei aos treinos em outubro, em São Paulo, e quero chegar à minha melhor forma na final dos 400 m com barreiras no Mundial de Oregon. Tínhamos uma tabela, estudos para chegar a 46s78. A partir de agora temos de ter criatividade e se permitir arriscar, o foco imediato é o Mundial - disse Alison, em entrevista exclusiva à CBAt.

-Tenho de repetir o que venho fazendo de bom e acho que posso ser mais rápido. Melhorar o início de prova e otimizar onde temos mais dificuldades. Fizemos muitos exames comparativos, saltos no COB para ver a força e potência, além de analisar a forma óssea e muscular estrutural. Estamos usando muita bioquímica e biomecânica, com o levantamento de dados como chego aos treinos e como saio. Tudo isso é computado - contou o atleta.

De acordo com alguns estudos realizados, o atleta de 2,00 m precisaria ter o peso ideal de 79 kg. Ele está com 77 kg.

- Esse assunto tem muita prática e pouca teoria. Ok, 79 kg seria bom. Mas meu peso não aumentou no ano passado, mas as marcas melhoraram. Estou ficando mais forte - observou.

O  paulista comemora fazer parte de uma geração que revolucionou os 400 m com barreiras.

- Não esperava que a prova chegasse a esse nível. São cinco ou seis atletas correndo muito. Não estamos vendo a história estamos fazendo a história. Estou muito feliz por estar no meio dessa geração.

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