É campeão! Franca vence Instituto e garante título da Liga Sul-Americana

Com uma atuação inteligente, equipe brasileira cresce nos minutos finais, corre atrás de desvantagem no placar, e garante primeira conquista do torneio de sua história

imagem cameraJovem Didi foi importante na série final (Foto: Divulgação/FIBA Americas)
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Lance!
Córdoba (ARG)
Dia 15/12/2018
00:09
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A sexta-feira foi de muita comemoração para o basquete brasileiro. Após ter sido derrotado na noite da última quinta-feira, o Franca venceu o Instituto de Córdoba por 94 a 90, no Estadio Angel Sandrin, na Argentina, fechou a série com dois triunfos e conquistou o primeiro título de Liga Sul-Americana de sua história.

Em um jogo repleto de emoções e muito equilíbrio até o apito final, a equipe treinada por Hélio Rubens cresceu na hora certa, virou a partida no último quarto e, apesar de enfrentar algumas decisões fora do padrão por parte da equipe de arbitragem, se superou e venceu o título.

Primeiro período equilibrado
No jogo da última quinta-feira, o segundo da série, o desempenho no primeiro período foi, provavelmente, o calcanhar de Aquiles para a atuação do Franca, que perdeu 22 a 10 e sentiu dificuldade para correr atrás do placar no restante da partida. Dessa vez, a equipe brasileira entrou mais calma em quadra e conseguiu ter um desempenho parelho com o Instituto de Córdoba.

Os primeiros dez minutos da partida foram marcados pelas fortes defesas e com as equipes não se arriscando muito no campo de ataque, evitando a possibilidade de levar pontos em rápidas transições entre o campo defensivo e o ofensivo. Por conta dessa situação de mútuo equilíbrio, o primeiro quarto terminou em um empate por 16 a 16.

Franca comete muitos erros
Depois de um primeiro quarto literalmente igual, a equipe de Franca não voltou com o mesmo ritmo para o período seguinte. O time comandado por Hélio Rubens sentiu dificuldade com a marcação alta do Instituto de Córdoba e cometeu muitos erros, principalmente nos passes ao redor do garrafão, que ‘facilitaram’ a vida dos argentinos, que conseguiu 12 pontos se aproveitando de ‘turnovers’ dos brasileiros.

Após um tempo técnico pedido pelo treinador Hélio Rubens, o Franca conseguiu se acalmar e passou a trabalhar mais a bola na construção dos ataques. Apesar disso, o Instituto não perdeu a força na mão e continuava com um bom aproveitamento nos arremessos de quadra, mas não conseguia colocar uma larga vantagem no placar. O fim do período foi marcado por um clima quente entre as duas equipes, com faltas duras, mas foi melhor para a equipe da casa, que foi para o intervalo vencendo por 42 a 38.

Brasileiros reagem
O Franca voltou para a quadra após o intervalo muito mais atento. Com boa participação de Lucas Cipolini, que apareceu para fazer arremessos de três e realizar um trabalho de pivô no garrafão, a equipe de Hélio Rubens chegou a virar a partida na metade do período. Apesar disso, a vantagem brasileira não durou muito, já que o Instituto de Córdoba logo aparecia fazendo pontos.

A reta final do terceiro período foi marcada pela intensa troca de liderança no placar entre as duas equipes, que eram precisas no campo de ataque e não permitiam que o adversário desenvolvesse uma longa vantagem. O quarto terminou com a partida empatada em 67 a 67, e o título internacional seria decidido nos últimos dez minutos finais do duelo.

Franca cresce no último período: é campeão!
Após um crescimento no desempenho no início do segundo tempo, o Franca manteve o bom ritmo no último e decisivo período. O Instituto havia terminado o terceiro quarto com a mão ‘pegando fogo’, principalmente com Luciano González, e, por isso, o objetivo da equipe treinada por Hélio Rubens foi justamente deter esses arremessos de longa distância, o que foi bem executado, já que a produção ofensiva dos estrangeiros diminuiu.

No momento decisivo da partida, a equipe de Franca conseguiu desenvolver seu jogo. Com boas atuações de Alexey, nos arremessos de longa distância, e David Jackson, que buscava enfrentar os pivôs adversários nos duelos individuais, a equipe paulista virou a partida e manteve uma vantagem de quatro pontos durante um bom tempo. Apesar de de decisões questionáveis por parte da arbitragem, a equipe brasileira teve um André Goes decisivo nos lances livres no fim da partida, venceu por 94 a 90 e foi campeã.

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