Carlos Arthur Nuzman é preso por suspeita de fraude na escolha do Rio

Presidente do COB foi detido em casa em ação da Polícia Federal acusado de corrupção

imagem cameraNuzman acumulou presidência do COB e do Comitê Rio-2016 (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 05/10/2017
07:30
Atualizado em 05/10/2017
19:54
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Carlos Arthur Nuzman foi preso na manhã desta quinta-feira, por agentes da Polícia Federal, em sua residência, no Jardim Pernambuco, bairro nobre do Rio de Janeiro. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil é acusado de intermediação na compra de votos para a eleição do Brasil para receber os Jogos Olímpicos de 2016.

O pedido de prisão, novo desdobramento da Operação Lava Jato, foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas. Além de Nuzman, outro alto dirigente também foi detido: Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio-2016 e um dos auxiliares mais próximos do presidente da COB nos últimos anos. Eles serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, o pedido de prisão aconteceu pois houve tentativa de ocultação de bens nas últimas semanas, após mandado de busca na casa dos envolvidos realizado na Operação "Unfair Play", realizado no mês passado. Nuzman e Gryner teriam sido os elos entre o esquema de propina comandado por Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, e integrantes africanos do Comitê Olímpico Internacional. Com dinheiro do empresário Arthur Soares, que está foragido, os dirigentes esportivos teriam comprado votos a favor do Rio na eleição olímpica realizada em Copenhague, na Dinamarca, em 2009.

A investigação, em parceria com autoridades francesas, mostra a ligação dos dirigentes brasileiros com Lamine Diack, ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) e integrante do COI, através do filho: Papa Massata Diack.

Nuzman e Gryner serão levados para a sede da Polícia Federal, no centro do Rio de Janeiro.

Além das prisões, mandados de busca e apreensão acontecem em endereços de André Richer, vice-presidente do COB, no Rio de Janeiro.

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