O presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Guy Peixoto, anunciou nesta quarta-feira em uma carta aberta o fim da suspensão da entidade pela Federação Internacional de Basquete (Fiba). A informação não foi confirmada oficialmente pelo órgão mundial. O país foi punido no dia 14 de novembro do ano passado, por não cumprimento de obrigações firmadas na gestão de Carlos Nunes. Com o fim da sanção, o Brasil poderá voltar a disputar torneios internacionais a partir de agosto.
"Enfim, o dia 21 junho de 2017 chegou e todos nós, amantes do basquete brasileiro, tivemos a notícia mais aguardada e a primeira grande meta alcançada pelo time Transparência, ou seja, a Federação Internacional de Basketball (Fiba) anunciou o fim da suspensão aplicada, devido a falhas administrativas gestão anterior, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB). Trata-se de um dia a ser comemorado, pois recoloca o Brasil em evidência positiva e nos dá a chance de fazer ainda mais ações em prol do crescimento e desenvolvimento do esporte que tanto amamos", disse o dirigente.
A decisão foi sacramentada em uma reunião em Genebra (SUI), e só aconteceu após duas negativas da Fiba, em fevereiro e maio deste ano. A CBB vinha sendo monitorada por José Luis Sáez, emissário da entidade mundial, que fez visitas ao Brasil nos últimos meses.
Peixoto destacou uma série de medidas que foram adotadas para convencer a Fiba a retirar a suspensão. A CBB contratou desde uma empresa de auditoria interna a um consultor de mercado. O escolhido foi Marcus Vinícius Freire, medalhista olímpico de vôlei e ex-diretor executivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A atual diretoria também fez reuniões com representante da Ljga Nacional de Basquete (LNB), da Liga de Basquete Feminino (LBF) e da NBA sobre revisão de contratos e planejamento. A LNB, inclusive, encaminhou uma carta ao Ministério do Esporte abrindo mão de competições das categorias de base.
Os próximos passos da atual gestão são o retorno das verbas do COB, já pré-definidas pela Lei Agnelo Piva, a negociação com patrocinadores, a reapresentação dos projetos para comissão da Lei de Incentivo ao Esporte, a definição e contrato dos novos treinadores das várias Seleções, o lançamento de um novo site, o plano de utilização do CT tanto na parte esportiva quanto na comercial e o andamento do projeto do futuro CT de Jundiaí.
De acordo com o presidente, um dos maiores patrocinadores esportivos do mercado brasileiro entregou uma carta de intenção de patrocínio em mãos ao representante da Fiba, na expectativa de que suspensão fosse revogada para investir na Seleção. O nome da empresa não foi revelado.