CBVela muda estatuto e dá poder aos atletas em eleição presidencial

Em decisão inédita entre confederações do Brasil, somente velejadores, técnicos, oficiais de regata e medalhistas olímpicos passam a ter direito a voto no pleito para a presidência

imagem cameraGrael e Kahena Kunze terão poder em eleição Jesus Renedo/ Sailing Energy<br>
Avatar
Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 01/05/2017
19:51
Atualizado em 02/05/2017
14:17
Compartilhar

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) adotou uma nova regra em seu estatuto que amplia a participação de atletas na gestão da entidade. A partir de agora, somente velejadores, técnicos, oficiais de regata e medalhistas olímpicos passam a ter direito a voto na eleição para a presidência da entidade. A decisão foi tomada pela Assembleia Geral da CBVela, no último sábado, no Iate Clube de Brasília.

A CBVela se tornou a primeira entidade do esporte olímpico brasileiro a contar com voto direto dos atletas no pleito presidencial. A próxima eleição será no segundo semestre de 2020, ao fim do ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio. Para definir os critérios de elegibilidade de quem pode votar e quem pode ser candidato, será formada uma comissão eleitoral, com representação garantida dos atletas.

O regulamento da votação será divulgado no mínimo 180 dias antes do pleito, informando normas, prazos e o formato da eleição para presidente.

– É um dia histórico para a vela do Brasil. A proposta de alteração do estatuto já vinha sendo discutida internamente há pelo menos um ano. O objetivo é ampliar a participação de quem faz o esporte no dia a dia, sobretudo os atletas. É democratizar o processo eleitoral. É inovar, adotando uma regra inédita no esporte nacional. Com sabedoria e visão de futuro, a Assembleia entendeu que agora era a hora de dar esse passo – afirmou o presidente da CBVela, Marco Aurélio de Sá Ribeiro.

Antes da mudança, apenas 13 votos definiam o presidente da confederação: 12 presidentes das federações estaduais e um atleta escolhido por uma comissão também de atletas. Foi assim que Marco Aurélio de Sá Ribeiro, atual mandatário, foi reeleito por aclamação no final de 2016.

Outra mudança é a separação do mandato do Conselho Fiscal do mandato do presidente. O primeiro será eleito dois anos após o pleito.

Siga o Lance! no Google News