Chayenne Pereira sonha com a qualificação para os Jogos de Tóquio
Aos 20 anos, carioca tem como arma para obter o índice a constante superação de limites, a facilidade de aprendizado e o estilo natural de quem nasceu para praticar esportes
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Chayenne Pereira da Silva (EMFCA-RJ) é um dos destaques entre os jovens talentos do atletismo brasileiro. Eleita a melhor atleta do Campeonato Brasileiro Sub-20 de 2019, em Bragança Paulista, ela ganhou a medalha de ouro nos 400 m com barreiras no Troféu Brasil Caixa de Atletismo, a principal competição interclubes da América Latina, no ano passado, também no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA).
Orientada pela técnica Marsele Mazzoleni Machado, a atleta nascida no dia 5 de fevereiro de 2000, no Rio de Janeiro, sempre teve muita facilidade para praticar esportes. Na Escola Municipal IPEG, no Jardim Palmares, no bairro de Paciência, onde mora até hoje, jogou handebol, vôlei, basquete e futebol até 2014. Fez atletismo também, começando pelo dardo, 250 m, 1.000 m, 3000 m, 100 m com barreiras, provas combinadas e depois acabou se especializando na prova dos 400 m com barreiras.
- Sempre gostei muito de esportes, desde criança, e tinha facilidade”, lembrou Chayenne, que ganhou o nome de seu pai, Marcos Lopes da Silva, que assistiu a um filme com uma personagem assim chamada. “Fui convidada para disputar o Brasileiro Sub-16, em 2015, em São Paulo. Minha equipe ganhou medalha de prata no revezamento 4x75 m e não parei mais - comentou a atleta da Escola Municipal Francisco Caldeira de Alvarenga (EMFCA).
Neste sentido, a atleta Chayenne treina normalmente na Vila Olímpica Oscar Schmidt, em Santa Cruz, um bairro vizinho onde mora.
- Nesta época de pandemia, nós procuramos lugares reservados para treinar e focamos em trabalhar a mente para passar por isso com mais ‘tranquilidade’ e manter a cabeça no foco” lembrou e em seguida completou.
- O objetivo é correr este ano abaixo dos 56 segundos e brigar pelo índice olímpico de 55.40 - revelou a carioca, que terminou 2019 em 9º lugar no ranking mundial sub-20, com 56.72, recorde pessoal.
A carreira da barreirista está sendo construída aos poucos. Em 2016 foi segunda colocada nos 100 m e nos 400 m com barreiras no Brasileiro Sub-18. Em 2017, conseguiu o índice para o Mundial de Nairóbi, no Quênia, onde terminou na oitava colocação, apesar de uma virose.
No mesmo ano de 2017, foi campeã brasileira sub-20 pela primeira vez, título repetido em 2018, com nova vaga para o Mundial Sub-20 de Tampere, na Finlândia. Chegou à semifinal dos 400 m com barreiras, com 59.19 (foi 18ª colocada), mas fez final e recorde sul-americano como integrante do revezamento 4x400 m do Brasil (3:34.52, 8º lugar), ao lado de Jéssica Moreira, Micaela Rosa de Mello, Maria Victoria de Sena.
No ano passado, além de vencer o Troféu Brasil e o Brasileiro Sub-20, com o recorde do campeonato (56.72), ganhou medalha de bronze no Sul-Americano de Cáli, na Colômbia, e ficou em quarto lugar o Pan-Americano de San José, na Costa Rica. Em 2018, ganhou prata no Sul-Americano Sub-23, em Cuenca, no Equador.
A treinadora Marsele Machado lembra que Chayenne sempre teve facilidade com o esporte e sempre se destacou em todos. “No início, aproveitei a polivalência e ela começou fazendo todas as provas no atletismo. Chegou a ser campeã de provas combinadas nos Jogos Escolares”, comentou. “Ela tem características importantes como competitividade, facilidade na aprendizagem motora e sempre querendo melhorar e a encarar desafios. É até divertido.”
Nas atividades corriqueiras, Chayenne é incentivada pelos métodos de Marsele a trabalhar o corpo como um todo.
- A gente foca nos exercícios físicos, mas também no emocional e no mental, importantes para desenvolver o foco. Os atletas precisam desse trabalho para entrar no alto rendimento - concluiu a treinadora.
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