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Circuito Caixa, em Brasília, revela mais um talento nos 100m para amputados de braço

Yuri Rodrigues, de 20 anos, é uma das apostas da equipe técnica do CPB para a continuidade da potência brasileira na classe T47 (para amputados de braço)

Comitê Paralímpico Brasileiro
imagem cameraYuri Rodrigues ao meio (Foto: Ale Cabral/CPB)
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Lance!
Brasília (DF)
Dia 02/02/2020
14:24

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O velocista teve um início de temporada diferente. Ele foi convidado pelo técnico-chefe do atletismo no CPB, Amauri Veríssimo, para passar algumas semanas treinando no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Desde o início de janeiro, Yuri treina ao lado de Washington Júnior e Yohansson Nascimento, prata e bronze, respectivamente, no Mundial de Dubai.

- Eu sempre fui fã do Yohansson e treinar com ele foi uma experiência incrível! Ele me deu muitos conselhos. Treinar com os medalhistas mundiais me puxa muito e a estrutura do CT Paralímpico é maravilhosa! - relatou o atleta, que amputou o braço direito acima do cotovelo aos 14 anos.

Yuri sofreu uma fratura exposta do antebraço direito ao cair do cavalo enquanto cavalgava na zona rural. A cela se soltou e o adolescente caiu. No hospital, teve o braço engessado o que ocasionou uma infecção e logo depois a amputação do membro.

- Eu tinha vergonha de sair na rua, depois da amputação. O esporte me ajudou a ver que existem outras deficiências e que a vida continua - contou.

O nadador medalhista paralímpico e parapan-americano, também de Catalão, Ruiter Gonçalves, foi quem o apresentou o paradesporto, em 2016.

- Eu vi uma reportagem do Ruiter na TV e entrei em contato com ele pelas redes sociais. Ele perguntou se eu gostava de nadar, mas eu respondi que gostava mesmo era de correr. Ele me levou a um clube local para começar a treinar - explica o atleta.

Na natação, o brasiliense e campeão mundial Wendell Belarmino (S11) disputou os 400 m livre e fechou a prova com 5min56s33. Ele ainda disputará os 50 m e100 m livre, 100 m peito e 200 m medley. Os tempos do atleta serão homologados, mas não valem medalha, já que o nadador já está classificado para as etapas nacionais do Circuito Loterias Caixa.

Após a fase regional do Circuito Loterias Caixa de Brasília, Vitória, no Espírito Santo, receberá a regional Rio-Sul, que contará com disputas de atletismo e natação (7 e 8 de fevereiro). Recife sediará a etapa Norte-Nordeste com as três modalidades (14 e 15 de março). A quarta e última etapa regional acontece no CT Paralímpico, em São Paulo (4 e 5 de abril).

Os atletas que alcançarem os índices estabelecidos pelo departamento técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) nas regionais garantem participação nas etapas nacionais do Circuito Brasil Loterias Caixa, que serão realizadas em São Paulo.

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O jovem goiano Yuri Luiz Rodrigues, 20 anos, venceu os 100 metros da classe T47 (para amputados de braço) no Regional Centro-Leste do Circuito Brasil Loterias Caixa, em Brasília. As disputas de atletismo aconteceram neste fim de semana, no Centro Integrado de Educação Física (CIEF) e contam com a participação de 292 atletas. A etapa Centro-Leste também recebe 137 halterofilistas e 98 nadadores.

Esta é a primeira parada da principal competição nacional das três modalidades. Ao todo, 527 atletas de 10 estados e o Distrito Federal estão inscritos.

Yuri (APARU Uberlândia) sagrou-se campeão dos 100 m T47 com o tempo de 11s70. Essa marca lhe rendeu um índice técnico competitivo (ITC) de 91,36%. O ITC é o cálculo feito do porcentual que o atleta está próximo ao índice A para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 na prova/classe, que neste caso é 10s69. Os índices foram estabelecidos pelo Departamento Técnico do CPB. 

Natural de Catalão, Goiás, o jovem desponta numa classe em que o Brasil é uma potência. No Mundial de Dubai, em novembro, o pódio dos 100 m foi verde e amarelo, com o paraibano Petrúcio Ferreira, o carioca Washington Júnior e o alagoano Yohansson Nascimento, respectivamente. Na ocasião, Petrúcio estabeleceu o novo recorde mundial da prova (10s42) e se tornou o atleta paralímpico mais rápido do mundo.

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