O Comitê Olímpico do Brasil (COB) aprovou nesta terça-feira, em Assembleia no Rio de Janeiro, um orçamento recorde para o ano de 2020. O montante à disposição da entidade será de R$ 322,398 milhões, sendo com R$ 312,934 milhões provenientes da Lei Agnelo/Piva, que destina um percentual da arrecadação bruta das loterias federais ao esporte, R$ 5,714 milhões de recursos próprios e de R$ 3,750 milhões do programa Solidariedade Olímpica, do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Do montante das loterias, o COB promete destinar 84% exclusivamente ao esporte, o que representa uma porcentagem recorde e um valor acima do mínimo de 75% exigidos por lei. A entidade prevê arrecadação de R$ 275 milhões, utilizando R$ 37,934 milhões de seu contingenciamento, fruto de redução de despesas nos últimos dois anos.
– Esse maior investimento em esportes é fruto justamente de um dos pilares da nossa gestão, que é a austeridade. Por meio de uma melhor gestão de recursos financeiros, fomos capazes de economizar na atividade meio para incrementar o aporte na atividade fim, que é o esporte – afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB.
Estiveram presentes 35 dos 49 representantes aptos a participarem da Assembleia, sendo 29 membros de Confederações Brasileiras Olímpicas, cinco da Comissão de Atletas do COB e um membro do COI. Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB, afirmou que o ano olímpico exigirá maiores despesas.
– O próximo ano exige um maior investimento por conta da preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos Tóquio-2020. Entre os nossos projetos, há ações voltadas à preparação olímpica, à organização da Missão, ao desenvolvimento esportivo e às ciências do esporte – disse Bichara.
A Assembleia teve votação aberta e nominal e seus membros receberam a proposta orçamentária durante a última semana, já que a documentação foi enviada para apreciação em 04/12/2019. O resultado final foi celebrado pela Comissão de Atletas do COB.
– As apresentações foram bem detalhadas. Tínhamos algumas dúvidas, mas muitas coisas foram esclarecidas. Acho que esse é um processo de evolução, com os atletas tendo mais voz e participando da Assembleia – disse Thiago Pereira, um dos cinco membros da Comissão de Atletas que estiveram presentes, ao lado de Emanuel Rego, Bruno Mendonça, Fabiano Peçanha e Iziane Marques.