COB não revela meta, mas quer dez ou mais esportes no pódio em 2020
Preocupação da entidade é manter ou ampliar número de modalidades que rendam medalha. Preparação em 2018 custará RS 153 milhões e objetivo é manter o patamar
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A dois anos dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) prefere não divulgar uma meta de medalhas para o megaevento, como fez no ciclo anterior. Mas um objetivo é claro. A entidade espera manter ou ampliar o número de modalidades que rendam pódios.
Na preparação para a Rio-2016, o COB projetou que o investimento poderia levar o país ao top 10 em total de medalhas, mas as 19 conquistadas pelo Time Brasil renderam apenas o 13º lugar no quesito. Hoje, a estratégia é não gerar pressão sobre atletas e confederações com antecedência. Embora os dirigentes já tenham números em mente, eles só serão revelados ao fim de 2019.
– Nosso foco é manter a quantidade de modalidades medalhistas acima de dez. Mas não estabelecemos números neste momento de quantidade de medalhas nem responsabilidade de cada esporte em trazê-las. Avaliaremos nossa real condição de pódios ao final de 2019, ao final de todos os Campeonatos Mundiais – disse o diretor executivo de Esportes do COB, Jorge Bichara, em uma apresentação para a imprensa nesta segunda-feira, na sede da entidade.
No Rio, as medalhas vieram de 12 esportes: os tradicionais atletismo, futebol, judô, vela, vôlei e vôlei de praia; da ginástica artística, considerada "em evolução"; do taekwondo e tiro esportivo, que retornaram ao pódio; e de canoagem velocidade e maratona aquática, modalidades novas no quesito.
Atualmente, 30 atletas ou equipes estão no top 3 do mundo, 25 aparecem entre 4º e 10º e 38 figuram entre 11º e 20º. Atletismo, boxe, canoagem velocidade, canoagem slalom, ciclismo bmx, ciclismo mtb, judô, ginástica artística, hipismo saltos, caratê, maratona aquática, natação, skate, surf, tênis de mesa, vela, vôlei de praia e vôlei tiveram resultados significativos em 2018 e animam os dirigentes para o megaevento. Outros esportes, como o judô, tradicionalmente geram expectativa pelo histórico nos Jogos.
– O judô carrega sempre em nossa história nosso melhor resultado em Jogos Olímpico em quantidade de medalhas. O vôlei é uma modalidade extremamente tradicional. Mas não existe medalha certa e sim trabalho e processos de renovação implantados nas confederações – disse Bichara.
O Comitê projeta 250 atletas classificados para Tóquio-2020. O número é bem menor que os 465 da Rio-2016, o que é normal, uma vez que os países-sedes sempre obtêm mais vagas. Em Londres-2012, a delegação teve 257 e em Pequim-2008, foram 277. A ambientação já começou, com visitas de equipes às bases do Time Brasil. Ao todo, serão oito, de aclimatação ou apoio.
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Só em 2018, o COB informou que terá investido R$ 153 milhões na preparação. Os dirigentes acreditam que será possível manter esse patamar anual nos próximos dois anos. No ciclo, o montante gasto ficará entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões. A entidade, como publicou o LANCE!, intensificou o trabalho de marketing após a Copa do Mundo e pretende mostrar sua nova imagem, após uma série de mudanças nos procedimentos de gestão e aumento de participação dos atletas, para atrair investidores privados.
– Acreditamos que até o final deste ciclo olímpico o montante apresentado para este ano poderá ser mantido – afirmou o gerente geral Rogério Sampaio.
Veja as bases de aclimatação no Japão
Chiba - Surfe
Enoshima - Vela
Hamamatsu - Beisebol, Ginásticas, Golfe, judô, Remo, Rugby e tênis de mesa
Sagamihara - Badminton, canoagem velocidade, esgrima, futebol feminino, natação, nado artístico, saltos, triatlo e vôlei feminino
Saitama - Atletismo, boxe, levantamento de peso, caratê, wrestling, taewkondo, polo aquático, pentatlo e basquete
Ota - Handebol, maratona aquática, tiro com arco, vôlei de praia e vôlei masculino
Chuo - Lounge famílias, serviços de performance, restaurante com comida brasileira, treinamento de esportes de combate, sala de força, fisioterapia, sala de coletiva
Koto - Vôlei masculino e feminino
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