O Campeonato Brasileiro Juvenil de Handebol é a primeira competição nacional da categoria disputada após o início da pandemia da Covid-19. Até esta sexta-feira, dia das finais, os jogos são disputados no mesmo local das partidas dos Jogos Olímpicos, em 2016: a Arena Carioca 2, no Rio de Janeiro. O momento é de realização de um sonho para a organização e os participantes do torneio.
O técnico Giuliano Ramos, do Bola na Mão/Julia Nunes/CAIC/GHC, que saiu do Piauí para a Cidade Maravilhosa, relembrou que em 2016 acompanhou os jogos in loco. Agora comemorou a oportunidade de comandar o seu time neste ginásio.
- É um sonho e para os meninos principalmente. A Olimpíada foi aqui e muitos assistiram pela televisão. Entrar na arena é um sonho para eles e meu também. Vim assistir a competição, estive aqui na Olimpíada e agora estou dentro de quadra comandando nesse grande centro esportivo do Brasil. É muito gratificante. A gente que sai do Nordeste sempre existe dificuldade em relação a patrocínios, as passagens aéreas também são muito caras. Mas conseguimos apoio para viajar e estamos aqui - comentou Giuliano Ramos.
Ao todo são 16 equipes na disputa do Brasileiro Juvenil e times, como Pinheiros, Sport e CSA, brigam por uma medalha. O presidente da Federação de Handebol do Estado do Rio de Janeiro, Ivaney Mascarenhas, destacou que esses atletas fazem parte do próximo ciclo olímpico visando Paris-2024.
- Esse campeonato é um divisor de águas na retomada do handebol para o Rio. O handebol estava muito abandonado pelas gestões passadas e agora na nossa gestão como presidente comecei a fazer as coisas acontecerem. Esse pós-pandemia precisava ser um divisor de águas e tive também as portas abertas da Secretaria Nacional do Esporte, do Ministério da Cidadania, para fazer em um lugar principalmente onde foi a Olimpíada. Estamos tendo um retorno muito positivo -disse, e acrescentou:
- Atletas e técnicas que nunca lidaram com um palco feito esse. Montamos uma estrutura a nível europeu. Essa categoria marca o retorno do desenvolvimento do handebol. É a geração que vai alcançar o próximo olímpico que começa desde já. Com certeza vamos ver alguns desses atletas figurando na próxima Olimpíada e começar esse ciclo no lugar de um legado olímpico é espetacular - analisou o dirigente.
Um dos destaques da competição, segundo o dirigente da CBHb, André Diniz Gonçalves, é o carioca Bryan Matos, do Pinheiros. Ele fez parte do elenco que venceu o Brasileiro Juvenil na última edição em 2020.
- Ele é um jogador muito promissor. Acabou de chegar do Mundial de Clubes com a equipe principal e já desceu no Rio de Janeiro. Está de contrato assinado, inclusive, com o Montpellier, que é uma das principais equipes da França - finalizou o diretor técnico da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), André Diniz Gonçalves.