Com foco olímpico, Silvana Lima diz ter aprendido após lesão no joelho

Brasileira, que busca se recuperar no Circuito de cirurgia, admite que descuidou da parte física no ano passado e promete foco para os Jogos Olímpicos de 2020: 'Não posso parar'<br>

imagem cameraSilvana Lima começou etapa de Saquarema com vitória (Foto: Divulgação/WSL)<br>
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 20/06/2019
18:27
Atualizado em 21/06/2019
08:00
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Referência do surfe feminino brasileiro e uma das duas únicas representantes do país no Circuito Mundial (WCT), Silvana Lima não deixa de aprender lições valiosas, mesmo aos 34 anos. Ela espera comprovar isto no Oi Rio Pro, quinta etapa do ano, que acontece em Saquarema, no Rio de Janeiro.

Em 14 no ranking, a cearense busca resgatar o alto nível após uma cirurgia no joelho direito, no ano passado. A surfista, que já havia operado em 2012, admite que descuidou um pouco no lado físico e, agora, promete nova postura para chegar bem aos Jogos de Tóquio-2020, na estreia do surfe no evento.

– Eu não podia descartar tantos eventos. Descartei dois (Gold Coast e Bells Beach), mas foi bom ter voltado depois, sem dor. Estou feliz, porque voltei surfando bem. É ruim se machucar, mas você retorna com mais gás e vontade de fazer manobras diferentes, além de uma boa preparação física. Dei uma relaxada antes de ter me machucado. Estava errada. Então, daqui para frente, não posso parar de fortalecer e perder o ritmo – afirmou Silvana, ao LANCE!, durante evento da Oi, sua patrocinadora.

Duas vezes vice-campeã mundial, em 2008 e 2009, a brasileira não se vê na briga pela taça em 2019. Mas precisa ficar entre as oito melhores, dentro do limite de duas atletas por país, para encerrar o ano na zona de classificação a Tóquio-2020. Vencer pela primeira vez a etapa do Rio seria um incentivo.

Hoje, mesmo fora do top 8, Silvana estaria classificada, assim como a gaúcha Tatiana Weston-Webb. Isso porque as sete primeiras colocadas são australianas ou americanas. Embora o Havaí tenha bandeira separada dos Estados Unidos no surfe, isto não ocorre na Olimpíada.

– A briga pelo título mundial este ano ficará muito difícil, então meu foco maior é Tóquio. Estou treinando para isso – disse a atleta, que em setembro representará o Brasil nos Jogos Mundiais da ISA, em Miyazaki (JAP), um dos requisitos para ser elegível aos Jogos Olímpicos de 2020.

Técnico novo e vida olímpica

Para concretizar o objetivo de se tornar atleta olímpica, Silvana iniciou um novo ciclo na carreira. No ano passado, ela e Tatiana passaram a contar com uma assistência do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

A entidade ofereceu estrutura para a recuperação da lesão da cearense e fornece bolsa para as duas atletas seis etapas do Circuito Mundial.

A surfista também entendeu que precisaria de um treinador no dia a dia do Rio. Seu ex-técnico, Iapa Neuronha, mora em Fernando de Noronha. Então, acionou o amigo Leandro Bastos, ex-surfista profissional e comandante de Yanca Costa, atual campeã do Circuito Brasileiro.

– Ele trabalha com uma galera boa. Já competimos juntos no Brasileiro amador, Apostou no lado técnico e está sendo ótimo – diz Silvana, que na quinta-feira de classificou para a terceira rodada em Saquarema.

A próxima chamada do Oi Rio Pro acontece nesta sexta-feira, às 7h.

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