Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados aprova audiência pública sobre ‘Caso Wallace’
Requerimento do deputado federal Luiz Lima (PL/RJ) é aprovado nesta quarta-feira; oposto do Cruzeiro, com a presença de representantes do COB e da CBV, será ouvido
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A Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, a realização de uma audiência pública para discutir o "Caso Wallace". Punido por mais cinco anos pelo Conselho de Ética do COB (CECOB) por, de acordo com a entidade, descumprir punição de 90 dias ao entrar em quadra pelo Cruzeiro na final da Superliga, o atleta será ouvido com a presença de representantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), do STJD do vôlei e do Comitê Olímpico Internacional (COI). O requerimento foi apresentado por Luiz Lima (PL/RJ), ex-nadador com currículo olímpico.
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A defesa de Wallace considera a punição descabida. O oposto do Cruzeiro, atual campeão do Sul-Americano e da Superliga, sugeriu, nas redes sociais, que os seus seguidores atirassem em Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República. Após o ato, foi punido por 90 dias - em vigor desde o dia 3 de fevereiro -, mas descumpriu a medida com liberação do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) e aval da CBV.
+ Conselho de Ética do COB pune Wallace por cinco anos e suspende CBV por descumprimento de medida
Ministra do Esporte, Ana Moser foi convidada para a discussão da proposta. Jorge Messias, que comanda a Advocacia Geral da União (AGU), órgão que denunciou Wallace ao COB após as postagens de incitação à violência sobre a autoridade máxima do Brasil, também foi chamado.
O tema da proposta não cita Wallace (consta, em documento, o pedido para "debater os conflitos de normas no direito desportivo"), mas o objetivo é ouví-lo para tratar da punição. Para justificar a importância da audiência diante da Comissão de Esporte, Luiz Lima comparou a situação com o caso do goleiro Bruno, ex-Flamengo e Atlético, que voltou a atuar após cumprir pena por homicídio e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, mãe de seu filho, além de sequestro e cárcere privado de Bruninho.
- A punição foi de 90 dias, excessiva demais, impedindo o jogador de trabalhar. Gostaria de lembrar do caso Bruno, que assassinou a mãe do seu filho. Até o jogador Bruno era liberado para trabalhar - declarou.
A audiência ainda não foi marcada. Além dos representantes das entidades, Alberto Murray, ex-presidente do Conselho de Ética do COB, que é contrário à decisão da instituição, e Leonardo Andreotti, advogado de Wallace, também estarão presentes.
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