Independentemente da modalidade, os atletas estão buscando novas formas de gerar receitas e ganhar visibilidade no mercado. Muitos estão pensando a longo prazo, pois muitos deles acabam entrando no vermelho pouco tempo após se aposentarem.
Promessas e campeões, como a ex-nadadora Fabíola Molina e o ex-piloto de Fórmula-1 Felipe Massa, criaram suas próprias marcas esportivas. A venda de produtos licenciados também ajuda na renda mensal não só para quem se aposentou dos esportes, mas também para os que continuam em atividade.
Daniel Penin, especialista em vendas e influenciador, aponta que muitos esportistas não se contentam apenas em ser garotos-propagandas. “A carreira de atleta costuma ser mais curta. Em uma atividade cuja ferramenta de trabalho principal é o próprio corpo, as limitações físicas impostas pelo tempo interferem diretamente na performance. Com isso em mente, é normal que a aposentadoria de atletas aconteça relativamente cedo, entre os 30 e os 40 anos de idade. Pensando nisso, muitos deles têm investido cada vez mais em suas marcas e empreendimentos. No auge, os atletas fecham muitos contratos para seção de seus nomes e imagens para produtos, mas, com o avançar da idade, eles somem. Por isso, os novos talentos do esporte têm empreendido”, avalia Penin.
Para ter sua marca, um atleta contrata uma empresa especializada em marketing e comunicação, que faz desde o logotipo até a venda final para o usuário pela internet. As vendas físicas são realizadas nos eventos corporativos para os quais os atletas são convidados como palestrantes. “Este é outro nicho de mercado”, avalia o especialista. Para cada item vendido, o atleta ganha em média de 20% a 30%; o restante fica com a própria empresa para custos administrativos e operacionais.
No cenário internacional, esse já é um processo histórico. Um exemplo é o ex-boxeador americano George Foreman, lenda viva do esporte. Ele ganhou mais dinheiro com um grill do que como atleta. O primeiro modelo do utensílio foi lançado em 1994 e, de lá para cá, estima-se que o produto tenha vendido mais de US$ 14 bilhões. “Esses atletas possuem o toque de Midas. Onde tocam fazem riquezas. É só saber no que investir”, opina Penin.