Bertioga recebe o Campeonato IAU Continental de Ultramaratona de 100Km Américas
Evento é inédito na América do Sul e terá a participação de seleções do Brasil, Argentina, México, Paraguai e Uruguai
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O Campeonato IAU Continental de Ultramaratona de 100Km Américas será disputado neste sábado (29/7), a partir das 7h, em Bertioga, no litoral de São Paulo. Esta é a primeira competição deste tipo na América do Sul e a organização do evento confirmou a participação das seleções da Argentina, México, Paraguai e Uruguai, além do Brasil.
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A competição será disputada em um circuito de 5km, homologado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Além da prova de 100km, a competição terá eventos paralelos, com corridas de 5km, 10km, 20km, 50km, 80km, revezamento de 100km em equipes de 10 atletas e revezamento de 100km em equipes de cinco atletas.
As provas do Campeonato IAU Continental de Ultramaratona de 100Km Américas serão realizadas na Avenida Tomé de Souza. As largadas dos 5km, 10km e 20km será às 15h, a de 50Km, às 11h, e a de 80km, às 7h.
Para o argentino Fabián Campanini, coordenador geral da competição e responsável pela International Association of Ultrarunners (IAU) no continente americano, a prova de Bertioga é histórica.
- Esta é a primeira vez que a América do Sul recebe uma competição internacional e por isso não tenho medo de afirmar que será uma edição histórica. A IAU tem a expectativa de o Brasil receber mais provas, a partir deste evento em Bertioga.
Mariano Moraes, um dos treinadores da seleção brasileira, está confiante. Ele acha que tanto o masculino como o feminino podem brigar por um dos três primeiros lugares da competição.
- Estamos com o que temos de melhor na competição e espero um grande resultado - disse Mariano, que apontou a Argentina como o principal adversários do Brasil em Bertioga.
O Brasil será representado por 18 atletas, convocados pelo ranking. No masculino estão Niumar Velho Silva, Felipe Costa da Silva, Rodrigo Santejo, Sílvio Pires de Lima, Urbano Cracco, José Claudio Nunes, Eduardo Silvério Calixto, Marcio Batista de Oliveira e Marco Aurélio Farinazzo.
Já no feminino estão Neide Rosa de Souza, Laynara dos Santos Arantes, Vivian Pavão, Helen Cristina Deluque, Rosivania Soares da Silva, Caroline Lima Martins, Cláudia Ferreira Souto, Viviane Regina Motta e Dianne Christie Fadl Schaldach.
Também estão na comissão técnica o treinador André Vazquez, o fisioterapeuta Luiz Fernando Garcia, o Pato, Carlos Gusmão, Cléber Lourenço Balbino, Luiza Tobar, Itamar Goes, Douglas de Melo, Marcos Gomes, Emerson Bisan, Luciano Prado, Antonio Edmilson de Freitas e Oscar Susso, consultor da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).
Um dos destaques brasileiros é Felipe Costa da Silva, dono da melhor marca dos 100km de 2018, com 7h18m11s, no ranking sul-americano e o brasileiro mais bem colocado no Mundial da Croácia, em 2018.
- Nem acredito que vou para a sétima competição de 100km. Sei que será muito especial. Vou correr em casa, sem mudança de clima e de fuso horário. Conto com o apoio da torcida - disse o ex-triatleta, campeão brasileiro de longa distância em 2013.
Dois veteranos vão levar experiência para os mais jovens na delegação. Márcio Batista de Oliveira, que já disputou dez mundiais de 100km, e Cláudia Souto.
- Independentemente do que já foi feito, cada prova tem seu momento. Estou animado e vou tentar fazer o melhor - disse Márcio, de 50 anos, que tem 6h45m como melhor resultado, obtido no Mundial da França, em 2001, quando foi o sétimo colocado.
Já Cláudia, mineira de Machacalis e radicada em São Paulo, se define como uma corredora, sem rótulos.
- Procuro fazer tudo com correção e treino com afinco, não aceito coisa errada nem deslealdade no esporte. Já venci muito, mas também perdi, coisas do esporte. Respeito demais minhas adversárias quando me vencem, pois ou são melhores que eu, ou treinaram mais - disse a atleta, que disputou três campeonatos mundiais de 100km e é a primeira sul-americana e única brasileira a concluir a Ultramaratona Spartathlon na Grécia, de 247 km, entre as cidades de Atenas e Esparta.
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