Birhanu Legese confirmou seu favoritismo na Maratona de Tóquio, neste domingo (1/3). Com 2h04m15s, o etíope conquistou o bicampeonato da prova do ano, mas não conseguiu, por 18 segundos, superar o recorde do percurso, que pertence ao queniano Wilson Kipsang, de 2h03m58s, conseguido em 2017. No feminino, a queniana naturalizada israelense Lonah Chemtai Salpeter venceu, com 2h17m45s, dois minutos e dois segundos abaixo da marca anterior, que pertencia a queniana Sarah Chepchirchir, com 2h19m47s, obtido em 2017.
A prova deste domingo em Tóquio (noite de sábado no Brasil) foi atípica. Por causa do surto de coronavírus no país, os organizadores só permitiram a participação de 200 atletas de elite.
A Maratona de Tóquio teve ritmo acelerado, com o pelotão de líderes passando pelos 5km em 14m32s, pelos 10km em 29m12s e pelos 15km em 43m58s, apontando que o recorde do percurso poderia ser batido. Nos 20km, com 58m40s, dezesseis corredores formavam o primeiro grupo. O pelotão começou a se desfazer após os 21km, e, no 25km, somente Sisay Lemma, Birhanu Legese, Mengstu Asefa e um coelho (corredor contratado para ditar o ritmo) estavam na liderança.
No Km 30, o coelho saiu da prova e os três restantes correram juntos por mais cinco quilômetros antes de Mengstu começar a vacilar. Finalmente, no Km 38,5, Legese se descolou de Lemma para cruzar a linha de chegada com 2h04m15s, 33 segundos mais rápido que o tempo de sua vitória no ano passado.
- O tempo estava bom, ao contrário do ano passado - disse Legese, que usou o polêmico tênis de carbono da Nike. - Estava um pouco de vento, mas sem chuva. A marca de 2h04m15s é boa para este momento da temporada. Eu pensei que poderia ter corrido mais rápido hoje, mas o vento atrapalhou.
O somali naturalizado belga Bashir Abdi surpreendeu no final e superou Lemma, terminando em segundo lugar, com 2h04m49s. Lemma ficou em terceiro, com 2h04m51s.
No feminino, o segundo lugar foi da etíope Birhane Dibaba, com 2h18m35s, seguida pela compatriota Sutume Asefa Kebede, com 2h20m30s.