Se você assistiu Eliud Kipchoge conquistar seu novo recorde mundial, de 2h01m09s na Maratona de Berlim, no domingo retrasado (25), deve ter notado que o queniano tinha um fiel escudeiro por todo o percurso. Um ciclista pra lá de entusiasmado cuidou pessoalmente de dar ao campeão cada uma de suas garrafas nos 13 postos de hidratação. A cada entrega, ele comemorava como se fizesse um gol, com um entusiasmado soco no ar.
Se você assistiu Eliud Kipchoge conquistar seu novo recorde mundial, de 2h01m09s na Maratona de Berlim, no domingo retrasado (25), deve ter notado que o queniano tinha um fiel escudeiro por todo o percurso. Um ciclista pra lá de entusiasmado cuidou pessoalmente de dar ao campeão cada uma de suas garrafas nos 13 postos de hidratação. A cada entrega, ele comemorava como se fizesse um gol, com um entusiasmado soco no ar.
Eliud Kipchoge e Henning-Schulke treinam com vaso e tulipa
As garrafas são preparadas pelos próprios corredores na noite anterior à prova, A bebida é individualizada com mistura de carboidratos, eletrólitos e água para manter os níveis de energia pelos 42,195km.
A dupla treina para os momentos de hidratação. Henning-Schulke diz que pratica o hand-off com Kipchoge usando um vaso com uma tulipa dentro. No dia da prova, os voluntários pela entrega das garrafas escrevem os nomes dos atletas em seus antebraços, que ficam estendidos para que seja mais fácil identificar a garrafa correta.
“Você tem que imaginar que eles estão correndo a mais de 20 km por hora. Você tem que manter contato visual. Para que ele me visse, eu gritava com ele (Kipchoge) para entregar a garrafa. Depois que ele pegava, eu ficava feliz todas as vezes”, diz Henning-Schulke. “A dinâmica era correr para a minha bicicleta e ir para a próxima estação de água a 5 km de distância, passando por todos os tipos de caminhões e bicicletas, o que significa que você tem que andar cerca de 40km/h e depois começar todo o procedimento de entrega novamente; Depois da corrida, eu estava bastante exausto”.
No dia a dia, Henning-Schulke é gerente de projeto de uma empresa de construção. Ele correu maratonas quando tinha seus vinte anos, com recorde pessoal de 2h34m, antes de mudar para o triathlon.
“Sem você não teria conseguido o recorde”, reconhece Kipchoge
Depois de correr 2h01m39s para estabelecer o recorde mundial em 2018, Kipchoge deu a Henning-Schulke seu número de peito com uma mensagem especial: “Querido Claus, sem você eu não teria conseguido bater este recorde mundial”.
Kipchoge, agora com 37 anos, lembra-se do entusiasmado homem da garrafa como parte fundamental de sua corrida ao recorde mundial, chamando-o de “meu herói”.
“Minha maior lembrança de Berlim é o cara que estava me entregando água, meu herói até agora. A maneira como ele estava lidando, agindo e falando era inacreditável”, disse Kipchoge. (Iúri Totti)