Revezamento Volta à Ilha, em Florianópolis, desafia 3,6 mil atletas neste sábado
Prova comemora sua 25ª edição, com largada no Trapiche da Beira-Mar Norte e percurso de 140 km
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A corrida de revezamento mais admirada do Brasil também está de volta. Após dois anos de adiamento por causa da pandemia, o Revezamento Volta à Ilha vai novamente desafiar atletas e presenteá-los com todos os cantos e encantos de Florianópolis. Neste sábado (9), cerca de 3.600 corredores, divididos em aproximadamente 400 equipes ou duplas, participam da 25ª edição da corrida que mantém sua essência desde a primeira, em 1996: uma volta completa pela Ilha da Magia.
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Neste ano serão 140 quilômetros divididos em 19 trechos, de diferentes distâncias. O ponto de partida é o Trapiche da Beira-Mar Norte, com largadas entre as 4h15min e 7h30min, conforme categorias. Não há bloqueio no trânsito de veículos por causa do evento. O percurso vai em sentido ao Norte da Ilha, até a Ponta das Canas, e depois segue em sentido sul, até a Praia dos Açores. Os integrantes das equipes se reencontram na Beira-Mar Norte para correrem juntos os últimos metros e passarem pelo portal de chegada.
O evento esportivo que conjuga beleza com desafio aguardou por condições seguras de verdade para que fosse confirmada. Em 2020, pouco menos de um mês para a realização, o Revezamento Volta à Ilha foi adiado por conta da Covid-19. Justamente no ano em que comemoraria suas bodas de prata. A espera, no entanto, não diminui a alegria dos atletas em participar do evento.
“Estamos muito felizes e animados em participar novamente do Volta à Ilha. Será uma comemoração e tanto estar em Florianópolis outra vez e com o gostinho de superação neste pós-pandemia”, relata Renata Auricchio Mari Arap, que participa da prova desde 2000 como atleta e treinadora da equipe Racer na Pegada do Gorila, de São Paulo.
O nome de Renata e de mais de 45 mil atletas que participaram da prova desde a primeira edição estarão em um painel da exposição que celebra as 25 edições do Volta à Ilha. A mostra será aberta na quinta-feira (7) e vai até domingo (10), no Majestic Palace Hotel, local da entrega dos kits aos atletas nos dois dias que antecedem a prova. Além do painel, os mais diferentes artigos ajudarão a contar a história do evento. Medalhas, troféus, camisetas, bastões e outros tantos itens utilizados a cada edição.
“O Revezamento Volta à Ilha acompanhou o crescimento de Floripa e a evolução da corrida ao longo destes mais de 25 anos. A exposição apresenta isso por meio de objetos, como a diferença entre as camisetas dos participantes dos anos 1990 para agora ou as medalhas daquela época. Os bastões que os atletas tinham que segurar na mão enquanto corriam também estarão nessa mostra”, descreve o realizador e diretor-geral do Revezamento Volta à Ilha, Carlos Roberto Duarte.
Quem conhece estes itens, e inclusive aguarda muitos deles com muito carinho, é Analto Romalino da Cunha. O atleta de Florianópolis está no seleto grupo dos participantes da corrida de revezamento desde a primeira edição. “A primeira foi muito difícil. Imagine, dar uma volta na ilha correndo em 1996. O Volta à Ilha teve um grande progresso. Hoje é difícil conseguir vaga para participar, é uma prova muito admirada e concorrida”, aponta Cunha, presença garantida também neste sábado.
Uma volta na Ilha da Magia com 140 km
Com no máximo 12 atletas, as equipes têm desafios que vão além da própria corrida. Como os 140 km são divididos em 19 trechos, alguns atletas correm dois ou mais deles. O trecho mais curto é o segundo dos 19, com 4 km pelo bairro João Paulo. O mais longo é o 16°, considerado o mais difícil. São 16,4 km entre a Praia dos Açores, no Sul da Ilha, até a Tapera, passando pelas inclinadas subidas pela Estrada do Sertão. Os atletas têm até às 20h30min de sábado para concluírem o Revezamento Volta à Ilha. Nesta edição um aplicativo vai mostrar o desempenho das equipes em tempo real e, ainda, agilizar a apuração dos resultados.
As equipes são responsáveis pelo deslocamento de seus integrantes ao longo da prova, com revezamento nos postos de trocas espalhados ao redor da Ilha da Magia. Um desafio logístico, mas que para alguns se tornam os momentos mais marcantes. “Talvez o pior seja quando estamos correndo, porque o melhor é quando a equipe está reunida na perua, em deslocamento. Voltamos a ser moleques”, diverte-se José Luiz Hirota, 71 anos, corretor de imóveis de São Paulo que participa do revezamento desde 2000 com a equipe Branca Top 8.
Entrega de kits e protocolos de segurança
Além de seguir todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades, a Eco Floripa, organizadora do evento, adotou medidas para maior segurança aos atletas e também à equipe técnica. Todos os atletas inscritos apresentaram antecipadamente comprovante de vacinação com duas doses. Ainda, para evitar aglomerações, a entrega dos kits é restrita apenas aos coordenadores das equipes. Na quinta e sexta-feira (7 e 8), no Majestic Palace Hotel, na Beira-Mar de Florianópolis, uma única pessoa fará a retirada para todos os integrantes.
Os cerca de 3.600 atletas estão divididos em 11 categorias de equipes. Com oito atletas cada, estão: Aberta Elite, Aberta Mista, Feminina, Veterana Mista (a partir de 40 anos), Veterana 40, Veterana 50 e Veterana 60. As duplas são divididas em três categorias: Dupla Masculina, Dupla Feminina e Dupla Mista. Há também a categoria Participação, que tem entre oito a 12 atletas, e são subdivididas em A, B, C e R e não disputam os troféus.
Sobre a Eco Floripa
A Eco Floripa Eventos Esportivos nasceu pelas mãos dos professores de Educação Física, Carlos Roberto Duarte e Maria de Fátima da Silva Duarte. Organiza eventos de corrida há 25 anos em Santa Catarina. O Revezamento Volta à Ilha foi o primeiro e até hoje é o mais admirado por corredores de todo o Brasil. Todos seus eventos esportivos são de criação própria e ressalta as características peculiares de cada local, aproveitando as praias, trilhas e matas nativas.
Desta forma, além de oferecer uma experiência única aos atletas, divulga as belezas naturais de diferentes cidades de Santa Catarina. Além do Volta à Ilha, em Florianópolis, estão o tradicional Desafrio, em Urubici, o Revezamento Volta de São Francisco do Sul e o Corrre Frai, em Fraiburgo. Ao longo destes 25 anos, são quase 140 corridas realizadas e com a participação de cerca de 75 mil corredores. (Iúri Totti)
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