Sem arrependimentos mesmo após ser demitida. Esse é o sentimento da pivô Clarissa, que foi dispensada pelo Corinthians/Americana após ter disputado o evento-teste do basquete feminino para os Jogos Olímpicos deste ano, na última semana, no Rio de Janeiro. A atleta foi a única a se apresentar à Seleção Brasileira mesmo após o boicote de alguns clubes da Liga de Basquete Feminino (LBF) à Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
- Não me arrependo e estou muito tranquila. Estou aguardando nesse momento para resolver meu futuro. Não tive uma conversa direta (com o presidente do clube, Ricardo Molina). Recebi um comunicado do coordenador. Não queria falar se é justo ou não. Nesse momento, estou esperando para ver o que vai acontecer. Que seja o melhor - afirmou a jogadora ao site do LANCE!.
A demissão de Clarrissa foi confirmada por Molina em entrevista ao portal UOL. Segundo ele, a jogadora "quebrou o contrato por ser ausentar dos treinos por 13 dias". O dirigente não respondeu aos contatos da reportagem.
Aos 27 anos, pivô agora acredita que o fato de ter sido dispensada do Corinthians não vai prejudicar seu futuro. A atleta disputou a última temporada da WNBA pelo Chicago Sky.
- Vou continuar trabalhando, fazer um trabalho na academia para ajudar até as coisas acontecerem - declarou a jogadora.
A pivô já tem conversado com seu advogado para resolver a situação com o Americana por conta da quebra do contrato.
Vale lembrar que alguns clubes da LBF entraram em atrito com a CBB alegando um descaso da entidade com o basquete feminino. Eles cobram uma participação maior na gerência da Seleção nacional. Por conta disso, Corinthians/Americana, Santo André e América-PE não liberaram suas atletas para o evento-teste da Rio-2016 - Presidente Venceslau também cobra mudanças. O Sampaio Basquete foi o único a quebrar o boicote.