O Vôlei Nestlé chega para a final da Superliga após 27 partidas e 22 vitórias. Todos os duelos foram realizados à tarde ou à noite, mas a decisão está marcada para o próximo domingo, às 10h, no Rio de Janeiro, na Jeunesse Arena. Pensando no último confronto pela competição nacional, o time de Osasco mudou sua rotina de treinos. Agora os trabalhos táticos e com saltos ocorrem pela manhã, no horário do jogo. Já a parte física e as atividades especificas para cada fundamento ficaram para o segundo período de atividades do dia.
A líbero Camila Brait conta que a nova programação foi difícil no início, mas que a equipe está se adaptando.
- Essa é uma das vantagens de ter vencido a semifinal em três jogos. Desde a última segunda-feira estamos treinando saltos e coletivos pela manhã e a parte física e as atividades específicas à tarde. O primeiro dia foi complicado, mas no segundo, já melhorou e no terceiro, todo mundo estava dando na bola com mais naturalidade. Já estamos nos adaptando e os treinos vão ficando cada vez melhores a partir do momento que o corpo vai se acostumando. Essa fase é importante porque não é fácil jogar às 10h, pois você precisa acordar por volta das 7h, horário que não estamos acostumadas. É um trabalho fundamental para que possamos chegar com o máximo possível de adaptação - comenta a defensora.
Apesar das dificuldades naturais, Dani Lins releva que gosta de jogar pela manhã.
- A adaptação está tranquila e dentro do esperado. O primeiro dia foi mais difícil e deu para perceber pelo treino, que foi um pouco arrastado. Na terça-feira já estavam todas bem ligadas. É questão de dois dias para se adaptar e eu, particularmente, até gosto de jogar de manhã. Sempre acordo bem cedo para passear com meus cachorros, então isso já está na minha rotina. Ter uma semana a mais para isso é positivo, pois a outra semifinal ainda vai ter a quinta partida nesta sexta-feira. Isso é o lado bom. Porém, com a pausa, perdermos ritmo de jogo, pois é bastante tempo sem atuar. Vamos ter que buscar manter esse ritmo que vínhamos nos treinamentos intensos e com bastante volume - afirma a levantadora.
O preparador físico Marcelo Vitorino explica que essa mudança na rotina requer um período de aquecimento mais longo.
- O corpo está acostumado a ter um ritmo mais lento pela manhã e mais forte no período da noite. Quando falo mais forte é em relação ao volume de saltos. O organismo precisa se acostumar com essa mudança porque você está com outro tipo de sintonia pela manhã, pois vem de uma noite de sono, então provavelmente musculaturas e articulações estão menos preparadas para atividade. Por isso, precisamos aumentar toda essa base de aquecimento e essa semana foi excelente para facilitarmos uma maior adaptação para a final.
O adversário do time de Osasco será conhecido nesta sexta-feira, às 20h, com o quinto jogo entre Rexona-Sesc e Camponesa/Minas, no Rio de Janeiro.