A praia de Teahupo'o, no Taiti, que receberá a disputa do surfe nos Jogos Olímpicos deste ano, é considerada uma das mais perigosas e difíceis do mundo pelos surfistas. Apesar de não serem as maiores do planeta em altura, as ondas de lá têm força e velocidade assustadoras.
"O perigo e a perfeição andam lado a lado", é o que costuma-se dizer sobre a praia. Teahupo'o têm ondas perfeitas para tubos cinematográficos, mas uma queda debaixo delas pode ter consequências graves, uma vez que são formadas em um trecho cheio de corais no fundo.
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Em 2000, o brasileiro Neco Padaratz quase morreu afogado ao ficar preso em uma caverna de corais debaixo de uma onda. No mesmo ano, Briece Taerea, surfista local, sofreu um acidente fatal no local.
A escolha do local dividiu opiniões, justamente pela dificuldade que representa aos surfistas. O perigo pode frear o melhor desempenho dos atletas que não estão acostumados a competir no Taiti. O brasileiro Filipe Toledo, atual bicampeão mundial, foi um dos críticos.
- O Taiti é um lugar incrível, maravilhoso, eu amo, como já falei. É o melhor lugar para fazer as Olimpíadas? Não sei. A gente não está só falando de Brasil, Estados Unidos e Austrália, são vários países. Tem gente que praticamente não tem onda para surfar. A gente foi no ISA, e tinha gente praticamente indo reto, de lado, esse surfista vai estar nas Olimpíadas. Acho meio perigoso, mas é uma decisão deles e a gente segue o plano - afirmou o surfista.
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A sede dos Jogos pode ser ótima notícia para outro brasileiro, Gabriel Medina, que recentemente garantiu a sua vaga através do ISA Games. O tricampeão mundial tem excelente retrospecto em Teahupo'o. Em 2014, ele venceu uma batalha épica no Taiti contra o lendário Kelly Slater. Depois, em 2018, voltou a ser campeão dessa etapa da Liga Mundial de Surfe (WSL). Em 2015, 2017, 2019 e 2023, também chegou à final, mas ficou com o vice-campeonato. Vencedor do ano passado, o australiano Jack Robinson estará nas Olimpíadas.