A vaga olímpica ainda não veio, mas o Brasil passou longe de fazer feio na Copa do Mundo de basquete, na China. É possível dizer até o contrário. A Seleção Brasileira fez uma excelente primeira fase, venceu a Nova Zelândia, Grécia e Montenegro, e avançou invicta, superando todas as expectativas.
O sonho de conquistar uma vaga para a Olimpíada foi adiado para junho de 2020, quando a seleção disputará o Pré-Olímpico. As derrotas para República Tcheca e Estados Unidos na segunda fase do Mundial causou a eliminação antes das quartas, e as vagas ficaram com os americanos e argentinos.
Mas apesar da eliminação na segunda fase, a campanha brasileira superou as expectativas. Durante a Copa do Mundo, o Brasil recebeu elogios da imprensa mundial e a FIBA chamou de "time mais divertido da China". Em entrevista ao LANCE!, o diretor da Confederação Brasileira de Basquete, Marcelo Sousa elogiou a seleção e o desempenho foi considerado positivo.
- Acredito que fizemos um bom papel. É claro que queríamos caminhar mais na competição, mas acabamos superados por duas seleções de alto nível, depois de uma primeira fase irretocável. As competições mundiais estão cada vez mais difíceis e niveladas. Nos apresentamos bem, jogando da maneira que o cenário internacional exige, e isso foi importante - afirmou.
O trabalho do técnico Aleksandar Petrovic, que chegou há dois anos após a decepcionante campanha nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, também foi elogiado pelo diretor. O treinador croata está nos planos para 2020 e, de acordo com Marcelo Sousa, ele só sai se quiser.
- Aprovamos o trabalho do Petrovic e contamos com ele para buscar a vaga olímpica. Temos um acordo com ele e vamos conversar sobre isso em junho do próximo ano. A Confederação Brasileira quer manter o Petrovic, que só não permanece no comando da seleção se não quiser - frisou.
No Mundial da China, o Brasil apostou na mescla entre jogadores experientes e jovens. Entretanto, a idade dos atletas mais velhos indicam uma reformulação a partir de 2020. A transição parece já ter iniciado e nomes como Didi, Caboclo, Felício e Yago fizeram parte do time que disputou a Copa do Mundo. Porém, o fim do ciclo de jogadores como Huertas, Alex, Leandrinho, Varejão e cia, está nas mãos da comissão técnica.
- A definição de quem estará defendendo a Seleção Brasileira em 2020 é inteira da comissão técnica, comandada pelo técnico Aleksandar Petrovic - garantiu o diretor Marcelo Sousa.
Para chegar à Tóquio-2020, a seleção terá que disputar o Pré-Olímpico. Ao todo, serão 24 seleções disputando apenas quatro vagas. Serão quatro torneios, cada um com seis equipes sorteadas, que se enfrentam em uma sede fixa, entre os dias 23 e 28 de junho de 2020. O Brasil tem interesse em sediar a competição, mas aguarda as exigências da FIBA e, por ora, não é candidato.