F1 admite intenção de ter mais sprints e rebate: ‘Errado dizer que 24 corridas é demais’

Stefano Domenicali rebate críticas de pilotos

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Stefano Domenicali, CEO da Fórmula1 (Foto: Kenzo Tribouillard / AFP)

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Apesar das constantes reclamações por parte de pilotos e equipes que vociferam contra o aumento no número de corridas que fazem parte do calendário atual da Fórmula 1, Stefano Domenicali, CEO da categoria, deixou claro que pretende aumentar o número de provas sprint nos próximos anos. De acordo com o italiano, a audiência do esporte está crescendo e cada vez mais países estão interessados em sediar uma prova, e, por isso, ele também não descarta a possibilidade de adotar um sistema de rotatividade na classe rainha.

Em 2024, o circo da F1 vai visitar 21 países em cinco continentes diferentes ao longo de nove meses, totalizando um total de 30 etapas disputadas — sendo 24 corridas regulares e seis provas curtas, realizadas aos sábados. Há dez anos, por exemplo, o calendário era compostos por 19 corridas, enquanto que no fim dos anos 1990, o certame acumulava apenas 16 rodadas, um número quase 50% menor em comparação com o que é visto atualmente.

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No entanto, se depender de Domenicali, a tendência é que as equipes fiquem com a agenda cada vez mais ocupada. Durante uma entrevista ao portal alemão Auto, Motor und Sport, o dirigente foi questionado sobre a possibilidade de o número de sprints aumentar nas próximas temporadas.

- Esse é o objetivo. Os números mostram que há interesse para que isso aconteça - garantiu.

- Não acho que 24 corridas seja uma oferta excessiva. Veja outros esportes, por exemplo. Futebol e basquete são jogados dia sim, dia não. Eles divertem seus torcedores com muito mais intensidade. Em termos de quantidade, temos muito menos conteúdo para oferecer”, explicou o CEO da F1. “No entanto, estamos muito bem em comparação com outros esportes. Estamos crescendo. Todos os que estão envolvidos em nosso esporte, não importa como, deveriam estar satisfeitos com a situação - continuou.

Após o GP da China, realizado no fim de abril e que recebeu a primeira prova curta da temporada, Domenicali já havia declarado interesse em expandir o calendário. Apesar das constantes reclamações de equipes e pilotos — entre eles, principalmente Fernando Alonso, Lando Norris e Max Verstappen —, Stefano discordou da opinião de que a categoria chegou ao limite.

- Queremos deixar em 24 corridas, mas é errado dizer que 24 é demais. Demais do quê? Quando o esporte está tão bem como está agora, com muitos vencedores possíveis, os torcedores estão contando os dias até a próxima corrida. Quero dizer, temos um grid mais próximo do que nunca. Hoje estamos falando de diferenças de 0s078 ou 0s093. Isso é menos de 0s1 por volta, considerando uma distância de mais de quatro ou cinco quilômetros - apontou o mandatário.

- Cada um dos nossos eventos tem suas próprias características. Quero dizer, o GP de Mônaco certamente não foi o mais emocionante da história, mas tivemos uma das melhores audiências de TV em qualquer lugar do mundo. Queremos manter um bom equilíbrio entre corridas antigas e novas, embora existam outros países que querem sediar uma etapa - revelou.

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Stefano, inclusive, já sabe quais medidas podem ser tomadas caso deseje expandir o alcance da F1 sem, com isso, aumentar o calendário.

- Estamos pensando em um sistema de rotação. É provável que comecemos a fazer isto na Europa - finalizou.

A Fórmula 1 volta entre os dias 21 e 23 de junho, em Barcelona, com o GP da Espanha, décima etapa da temporada 2024.

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