Apesar de ter cruzado a linha de chegada na sexta posição no GP da Austrália, Fernando Alonso acabou recebendo uma punição de 20s após ser declarado culpado em forte acidente envolvendo George Russell e caiu para o oitavo posto. Embora não concorde com a decisão dos comissários da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o chefe da Aston Martin, Mike Krack, negou que a equipe vá entrar com um pedido de revisão, já que, de acordo com o dirigente, “não há novas provas” que permitam tal ação por parte do time de Silverstone.
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Nas voltas finais da terceira etapa da temporada 2024 da Fórmula 1, Alonso e Russell se envolveram em uma disputa acirrada pela sexta posição. Enquanto tentava chegar no asturiano, o dono do carro #63 se assustou com a aproximação repentina em relação ao carro esmeraldino na entrada da curva seis, perdeu o controle do W15 e bateu violentamente na barreira de proteção. Após análise da telemetria, os comissários culparam o espanhol por “manobra incomum” de desaceleração, algo que ele não havia feito em nenhuma volta anterior ao longo de toda a prova e, por isso, puniram o companheiro de Lance Stroll com 20s acrescidos ao seu tempo final de prova.
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No mesmo dia, Alonso usou as redes sociais para protestar contra a punição “decepcionante” que havia recebido, alegando que tal manobra defensiva utilizada no circuito do Albert Park “faz parte da arte do automobilismo”. Agora, quase três dias após o ocorrido, a Aston Martin se manifestou e disse que, por falta de novas evidências, não vai entrar com um pedido de revisão para que a punição seja revogada.
- Todos estão aliviados porque George estava bem e foi embora após o acidente - disse Krack, antes de afirmar que “apoio totalmente Fernando”.
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“É o piloto mais experiente da F1. Ele competiu em mais GPs do que qualquer outro e tem mais de 20 anos de experiência. É um multicampeão mundial em várias categorias”, lembrou o luxemburguês.
“Receber uma punição de 20s quando não houve contato com o carro atrás foi difícil de engolir, mas temos de aceitar a decisão. Apresentamos o nosso melhor caso, mas sem novas provas não podemos solicitar o direito de revisão”, explicou Mike.
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Assim como Alonso já havia feito, Krack voltou a mencionar a disputa do espanhol contra Sergio Pérez no GP de São Paulo do ano passado para explicar a manobra defensiva do #14.
“Fernando é um piloto fenomenal e usou todas as ferramentas ao seu alcance para terminar à frente de George – assim como vimos no Brasil no ano passado com Sergio”, disse o chefe da Aston Martin, antes de defender mais uma vez o experiente piloto de 42 anos: “Ele nunca colocaria ninguém em perigo”.
A Fórmula 1 retorna com a temporada 2024 em duas semanas, entre os dias 5 e 7 de abril, com o GP do Japão, em Suzuka.