O relatório divulgado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) nesta quinta-feira, divulgando novas informações sobre o escândalo de doping envolvendo a Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) segue repercutindo. Agora, a bola da vez é Papa Massata Diack.
Filho do ex-presidente da Iaaf, Lamine Diack, e procurado pela Interpol, o ex-consultor da entidade cobrou € 650 mil para livrar de doping a turca Asli Çakir Alptekin, campeã olímpica dos 1.500m nos Jogos de Londres (ING), em 2012.
O encontro aconteceu após a competição na Inglaterra, e a chantagem foi feita para que a turca não tivesse sua medalha cassada e não fosse banida do esporte. De acordo com o relatório, a Federação Turca estava ciente do teste antes da Olimpíada, mas a atleta não foi avisada.
Após uma negativa do estafe da competidora, Diack reduziu a pedida para € 350 mil euros, mas, novamente, recebeu um não dos representantes de Alptekin. Porém, posteriormente, a família da atleta pagou € 35 mil para ocultar o resultado.
Em março de 2013, a turca foi notificada de que teria testado positivo para doping e teria seus resultados cassados, mas sua Federação conseguiu impedir uma punição. Após um recurso da Iaaf e da Wada, em 2015, a atleta abriu mão da medalha e foi suspensa por oito anos.