Filipe Toledo é o grande nome do surfe mundial na atualidade (Foto: Pat Nolan/World Surf League)
Quando a Liga Mundial de Surfe resolveu mudar o formato de disputa do título em 2021, nomes importantes do meio como o tetracampeão mundial Mark Richards, de 66 anos, ficaram descontentes. Com três edições do WSL Finals realizadas, o mundo do surfe se acostumou com o novo modelo. Ao menos, é o que espera o atual bicampeão Filipe Toledo, como disse em entrevista coletiva neste domingo (10).
– Quem não se acostumou ainda, está atrasado. É aquela coisa: tocam muito no assunto de que é injusto, mas beleza, mudou e já sabe como vai ser. Eu gosto, acho interessante, vamos ver como vai ser nos próximos anos. Eu acho que traz muito público para o esporte por ser realizado em um dia só, fica mais fácil de vender e trazer patrocinadores. Isso, a longo prazo, vai abrir portas para a gente e para a próxima geração – disse.
+ WSL: quem são os maiores campeões mundiais de surfe?
Filipe Toledo chegou em todas os Finals até o momento. No primeiro, em 2021, foi derrotado por Gabriel Medina. Nos outras dois, saiu vitorioso. No formato antigo, o brasileiro também seria bicampeão mundial, já que terminou a temporada regular como líder do ranking nas duas ocasiões. Ainda assim, ele está satisfeito com o desafio a mais oferecido pelo formato.
– Eu comecei o ano sabendo que iria para o Finals Five e teria chance de perder para o quinto ou terceiro colocado. Mas a gente começa o ano sabendo disso, então não tem muito o que fazer. Eu gosto dos desafios, da adrenalina, de me desafiar o tempo todo. Acho bem maneiro, traz uma emoção bem grande para o último dia, para decidir o título mundial, fica bem legal - afirmou.
+ Caroline Marks supera pentacampeã e conquista título inédito do Mundial de Surfe
O QUE MUDOU NO FORMATO?
Até 2020, o campeão mundial de surfe era aquele que somava mais pontos no ranking durante o circuito. A partir do ano seguinte, os organizadores decidiram implementar uma decisão em dia único. No WSL Finals, os cinco primeiros colocados da temporada participam de um mata-mata. O 5º lugar enfrenta o 4º no primeiro duelo. O vencedor encara o 3º colocado para definir o adversário do 2º. O ganhador do último confronto disputa com o líder o título mundial através de uma melhor de três baterias.
*PEDRO WERNECK colaborou sob a supervisão de Ricardo Guimarães
