Filipe Toledo deu show nas ondas de Lower Trestles, nos Estados Unidos (Foto: Cait Miers/World Surf League)
Quem viu Filipe Toledo dar um show e garantir o bicampeonato mundial no sábado (9), nem podia imaginar as inseguranças enfrentadas pelo brasileiro antes da decisão. Em coletiva de imprensa neste domingo (10), o surfista relatou que se sentiu bastante pressionado com a possibilidade de se consagrar campeão do WSL Finals nos Estados Unidos, até mais do que no ano do primeiro título. No entanto, com ajuda da família, conseguiu focar em dar o seu melhor.
– Esses pensamentos ruins são a insegurança de saber se vai conseguir duas (vitórias) seguidas, a história a ser feita. A família toda na praia, todo mundo acompanhando. A nossa mente fica manipulando, querendo levar a gente para o lado mais fraco. Eu tive esses pensamentos, mas graças à minha família e à minha esposa, consegui me tranquilizar. Fui lá, deixei tudo de lado, foquei, entrei no modo competição e deu no que deu – contou.
– A mente é assim, ela acaba querendo levar a gente para o lado mais fraco, que não vai dar, não vai conseguir, ser humano é assim. Se falasse que isso não acontece comigo, estaria mentindo. A gente tem que se manter forte, firme, e foi o que aconteceu – finalizou.
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Filipe Toledo chegou ao WSL Finals como o líder do ranking e apenas aguardou a definição do seu adversário na grande final. O oponente acabou sendo o australiano Ethan Ewing que, mesmo voltando de lesão, teve excelente performance e deu trabalho ao brasileiro. Ainda assim, Filipinho garantiu o bicampeonato com uma vitória por 2 a 0 e se tornou o segundo surfista do país com mais de um título mundial, um a menos do que o tricampeão Gabriel Medina.
*PEDRO WERNECK colaborou sob a supervisão de Ricardo Guimarães
