Ex-nadador e dono de quatro medalhas olímpicas, sendo duas pratas e dois bronzes, o brasileiro Gustavo Borges falou ao LANCE! sobre as especulações de que os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados do ano passado para julho deste ano por conta da pandemia do Covid-19, sejam cancelados. Ele mostrou otimismo, mas reconheceu que existe uma incerteza quanto ao evento.
- A incerteza existe por conta da pandemia, mas o que tenho visto nos esportes, em âmbito mundial, é que todos eles estão rolando, com limitações, com suas precauções e segurança à atividade, mas estão rolando. É claro que as Olimpíadas são um evento maior, muito mais complexo, mas acho que hoje, em janeiro, as chances de termos a Olimpíada são boas por causa da esperança da vacina. Existem várias formas de fazer a coisa acontecer, como, por exemplo, sem público - opinou.
O ex-atleta e embaixador da Poker falou ainda sobre a preparação física e mental em meio às incertezas sobre a realização dos Jogos Olímpicos. Gustavo destacou que o mais importante é treinar como se o evento tivesse 100% confirmado.
- Em termos de preparação, o atleta está preparado e focado até o último segundo, está no treinamento de alto rendimento. O(eventual) cancelamento só interrompe o ciclo e aí o atleta precisa se reeducar para focar em uma próxima jornada, seja nova Olimpíada ou nova competição. E a próxima pode ser que ele não esteja no auge ou que não vá acontecer porque ele estava pensando em parar. Vejo o prejuízo maior emocional do que físico.
O maior prejuízo para o Brasil e para todos é perder atletas, campeões olímpicos pois a grande maioria dos atletas participam de uma Olimpíada. Era em 2020 e agora será em 2021, o que já muda bastante. Caso tenha este cenário, o que foge do nosso controle, é bola pra frente, cabeça erguida e vamos para a próxima. Se você está bem fisicamente hoje, espere mais três anos. Treine, foque numa boa nutrição - concluiu.