De forma invicta, o Hinode Barueri (SP) sagrou-se campeão da Superliga B feminina 2017 na noite da última segunda-feira, ao vencer o BRH-Sulflex/Clube Curitibano (PR) na decisão. O time paulista levou a melhor sobre o rival paranaense por 3 sets a 0 (25/10, 25/11 e 25/20), em 1h09 de partida no José Correa, em Barueri (SP). Em seis meses de existência, este foi o segundo título da equipe, que tem no comando o técnico José Roberto Guimarães, e já havia levado o troféu da Taça Prata em novembro de 2016.
Com autoridade de quem joga em casa e com o apoio das cinco mil pessoas que estavam nas arquibancadas, o Hinode Barueri usou a pressão da torcida para dominar as ações. Com mais volume de jogo e comandada pelos ataques das ponteiras Érika e Suelle não deu chance às adversárias. O saque também foi uma arma importante do time paulista, que, quando não fazia o ponto direto, dificultava bastante o passe alheio.
Uma das mais experientes do elenco de Barueri, Érika ficou bastante animada com a conquista, principalmente por ter acompanhado o surgimento do projeto e vê-lo se desenvolver. A ponteira ainda garantiu que a tendência é evoluir mais chegar na elite como protagonista.
- Nós plantamos a sementinha e o vimos crescer. Chegamos aqui por amor ao voleibol e com vontade de treinar com o Zé Roberto. Fomos muito bem recebidas. É uma grande felicidade para mim conquistar este título. Eu tenho paixão pelo que faço e terminar a temporada com este presente, que é classificar para a principal liga do país, é muito gratificante. O nível da competição foi alto e com muita organização, e isso é bom para o desenvolvimento do voleibol no país. E pode apostar que vamos dar trabalho na série A.
Campeão olímpico comandando, em três oportunidades (1992 comandando a Seleção masculina, e 2008 e 2012 à frente da feminina), o treinador José Roberto Guimarães comemorou o título da Superliga B e exaltou a postura de suas atletas em quadra.
- Queria agradecer ao público que veio dar uma força incrível nesta final e a todas as pessoas que nos apoiaram. Temos sempre que tentar fazer o melhor, não importa qual é a competição. Precisamos melhorar a cada dia, a cobrança tem que existir e elas mantiveram a responsabilidade. O desafio foi muito grande, mas a cidade nos abraçou. Onde eu tenho passado as pessoas me cumprimentam. Meu sonho é que Barueri vire um centro de voleibol como existem outros no Brasil. Sabíamos que tínhamos um time competitivo, mas que precisaríamos jogar muito. Gostei da forma como as atletas encararam este desafio com muita seriedade. Ver a emoção de cada uma ao final foi muito bacana - disse José Roberto Guimarães.
Do outro lado, a central Valeskinha, capitã do time paranaense, foi o ponto de equilíbrio dentro de um grupo formado com maioria de jovens atletas. Com alguns títulos de Superliga no currículo ela fez um balanço da temporada do Curitibano.
- Quando o Jorge Édson me convidou para o projeto eu nem pensei duas vezes. Gosto de desafios e coisas novas. Começamos a treinar apenas duas semanas antes de começar a competição. Até conseguirmos dar uma cara ao time passamos por algumas dificuldades. Nos playoffs conseguimos focar mais e melhorar nossa condição física e técnica. Hoje não conseguimos fazer o nosso melhor, pois o time é jovem e sentiram a pressão. Mas com certeza foi um crescimento para todas nós.