Do alto de seus 2,37m de altura, Ninão iniciou a carreira no volêi paralímpico. Meses após amputar uma das pernas, o homem mais alto do Brasil assinou com o Paulistano de olho nas Paralimpíadas de Paris, em 2024.
Ninão jamais jogou vôlei profissionalmente, mas já praticava o esporte na infância e teve que parar por problemas de locomoção. Após a cirurgia, realizada por conta de uma osteomielite, ele começou a ser acompanhado pela delegação do Paulistano.
- Eu praticava o esporte na minha infância, tinha muita vontade de continuar jogando, mas nunca tive a oportunidade. Agora, Deus está me proporcionando. Tudo no tempo de Deus, não é isso? - disse Ninão ao GE.
O homem mais alto do Brasil já está em São Paulo e treinou com a delegação do Paulistano nesta segunda-feira. Em fase de adaptação, após assinar contrato por dois anos, Ninão já está sendo elogiado pelo técnico Fernando Guimarães, que também é da Seleção Brasileira.
- Entramos em contato através da Confederação e o convidamos para integrar a equipe do Paulistano. A diretoria do clube se empolgou, ele veio e ainda está em fase de adaptação. Foi a primeira vez dele jogando. Estamos muito felizes, foi uma surpresa ver que ele é muito coordenado, tem movimentação de braço e toque - frisou, antes de completar:
- Ele aprende muito rápido, fez apenas um treino, foi muito interessante de ver. Nos dá um ânimo e uma esperança muito grande, porque ele pode ser um divisor de águas para a Paralimpíada de 2024, em Paris - concluiu.
No vôlei paralímpico, ou sentado, competem pessoas que tem algum tipo de deficiência física relacionada a locomoção. Pela altura, a exemplo do que aconteceria na vertente olímpica da modalidade, Ninão deve ter vantagem em relação aos adversários. Contudo, ele não será o homem mais alto no esporte.
O iraniano Morteza Mehrzad, por exemplo, tem 2,46m de altura e é considerado um dos melhores do mundo na modalidade. Acompanhado por uma equipe multidisciplinar na sede do paulistano, o objetivo de Ninão é atingir este nível.