Hugo Calderano fala sobre raiva após derrota em Paris, mas ressalta evolução da modalidade
Brasileiro terminou as Olimpíadas na quarta colocação
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O sentimento de ver uma medalha olímpica escapar é horrível. Foi o caso de Hugo Calderano, derrotado na semifinal do tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris. O brasileiro disse, logo após o fim do jogo, que o sentimento naquele momento era de raiva. Quase duas semanas depois, ele explicou o que aconteceu.
- É claro que eu tive várias emoções. Eu acho que, logo depois da derrota, não poderia ser diferente, né? Você tem aquela raiva pela vontade de ter ganhado a partida. Mas é claro que não vou ficar sentindo raiva por tanto tempo. Eu tenho ainda um pouco de tristeza por não ter conseguido ganhar a medalha que eu tanto queria. Mas, ao mesmo tempo, também felicidade de ver onde eu consegui chegar com toda a minha equipe - disse Hugo.
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O carioca de 28 anos era um dos grandes favoritos para subir ao pódio na capital francesa. Com o andamento da competição e a eliminação de outros nomes fortes, a esperança de ver Hugo com a medalha de ouro no peito aumentou. Mas em uma partida duríssima diante do sueco Truls Moregard, Calderano perdeu e, na disputa do bronze, também foi derrotado, dessa vez para o francês Felix Lebrun.
Apesar de terminar a competição sem medalhas, o brasileiro teve o melhor desempenho de um sul-americano na história das Olimpíadas - com o quarto lugar. Hugo Calderano disputou sua terceira edição dos Jogos e seu desempenho vem melhorando: Rio 2016 - parou nas oitavas de final; Tóquio 2020 - se despediu nas quartas de final; Paris 2024 - foi derrotado na semifinal.
O atleta se tornou o principal representante do Brasil no tênis de mesa mundo afora. Em atendimento à imprensa na sexta-feira (23), no Rio de Janeiro, Calderano falou sobre o crescimento da modalidade no país.
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- Agora, a bandeira do Brasil está sempre no topo na maioria das competições internacionais, então eu fico muito feliz de ver tanta gente acompanhando e curtindo o tênis de mesa. Vejo muitas crianças que agora querem praticar a modalidade. Isso me deixa muito feliz. Por isso, é importante divulgar que tem muitas competições acontecendo durante o ciclo olímpico. Mas eu acho que a gente está no caminho certo e espero que as pessoas continuem acompanhando nossos esforços entre as Olimpíadas - completou.
Ao fim das Olimpíadas de Paris, Calderano subiu ainda mais no ranking mundial e agora é o terceiro colocado - anteriormente ocupava a sexta posição. Com isso, o brasileiro renova a esperança da realização de um novo bom ciclo para chegar bem às Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.
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