‘A ideia é formarmos a próxima Brazilian Storm’, diz gerente da Oi

Bruno Cremona vê oportunidade de detecção de talentos do surfe brasileiro no Pro Junior Series e projeta a manutenção de pelo menos um terço de brasileiros no Circuito Mundial<br>

imagem cameraBruno Cremona é gerente de patrocínios da Oi, que investe no Pro Junior e na etapa do Rio do WCT (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 12/05/2019
00:35
Atualizado em 12/05/2019
08:05
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O surfe brasileiro está preparado para apresentar ao mundo uma geração talentosa pelo menos até 2024. Pelo menos é o que acredita Bruno Cremona, gerente de patrocínios e eventos da Oi, apoiadora do Oi Pro Junior Series. A primeira das quatro etapas da competição, que reúne atletas de até 18 anos de diversas partes do mundo, termina neste domingo, no Rio de Janeiro.

Após anos de sucesso ao investir em astros como Gabriel Medina, Filipe Toledo, Italo Ferreira e Adriano de Souza, a empresa decidiu apostar também na base, ao perceber que havia uma demanda de atletas com potencial para repetir os feitos dos ícones da atual geração.

Em entrevista ao LANCE!, Cremona falou sobre o processo de detecção de novos talentos, os desafios da marca para a modalidade e as expectativas para o futuro do surfe brasileiro.

– A ideia é formarmos a próxima geração da Brazilian Storm ("Tempestade Brasileira"). Esses adolescentes agora poderão competir e se destacar em campeonatos que geralmente aconteciam fora do Brasil, em países como o Peru, Chile e Argentina – disse o gerente.

Como surgiu a iniciativa da Oi de entrar no Oi Pro Junior e por que?
A Oi já é parceira do Oi Rio Pro (etapa brasileira da World Surf League) desde 2015, fornecendo infraestrutura de telecomunicações e patrocinando o evento, e vimos no Pro Junior uma oportunidade de incentivar ainda mais os jovens à prática do esporte, através desse apoio às categorias de base. É importante fecharmos o ciclo de investimento, da base até o topo. Os atletas profissionais podem estimular cada vez a prática do esporte e agora conseguimos criar, junto com a WSL, uma plataforma capaz de sustentar esta demanda, o Oi Pro Junior Series.

Quais as suas expectativas para esta primeira edição do evento com o apoio da Oi? Quais são as metas estabelecidas pela empresa?
Acreditamos no poder de transformação, no poder de engajamento e de desenvolvimento de jovens através do esporte, que também é uma ferramenta de inclusão social. O apoio ao Pro Junior, que vai ter quatro edições esse ano, vai ser sem dúvida uma oportunidade para a geração de novos atletas e quem sabe até futuros ídolos do surfe mundial, de olho nas Olimpíadas de 2024. A ideia é formarmos a próxima geração da Brazilian Storm. Esses adolescentes agora poderão competir e se destacar em campeonatos que geralmente aconteciam fora do Brasil, em países como o Peru, Chile e Argentina. A primeira edição acontece na Barra da Tijuca, e vai poder aproximar ainda mais a Oi desse público jovem que vai poder participar e assistir o evento, seja na praia ou pela web.

Qual é o total do investimento da OI no projeto?
Não revelamos investimentos por se tratar de dados estratégicos da companhia, mas estamos tratando o Oi Pro Junior como um evento de status profissional, fornecendo uma infraestrutura robusta de internet, da Oi Fibra de alta disponibilidade, que vai permitir que o público possa assistir às provas na Barra em tempo real através do site da WSL. Além disso, quem estiver na Barra, poderá usar a rede do Oi WiFi para compartilhar fotos e vídeos do torneio.

A OI já apoia os maiores surfistas do país. Qual é a sua avaliação sobre a nova geração? Há de fato um potencial de manutenção de talentos de alto nível para o futuro? Até quando?
Hoje, o Brasil tem uma geração de ídolos de elite no surfe, como Gabriel Medina, Filipe Toledo, Tatiana Weston-Webb, Silvana Lima, Ítalo Ferreira e Mineirinho, que servem de exemplo para jovens que passaram a se interessar pelo surfe. No ano passado, Matheus Herdy foi o campeão mundial Pro Junior, e a cada ano temos uma manutenção de pelo menos 1/3 de brasileiros concorrendo no Circuito Mundial. Temos brasileiros, homens e mulheres, disputando campeonatos pelo mundo. Também temos o Davizinho, que é um grande exemplo de talento e superação. Todos eles ajudam a trazer mais jovens para o surfe e, com isso, vão surgir novos atletas e futuros ídolos. Já temos garotos e garotas despontando no cenário nacional, como a Tainá Hinckel, que é nossa patrocinada e disputa a etapa do Oi Pro Júnior.

Há diferenças de tratamento de um patrocinador de ponta quando se trata de uma etapa voltada para jovens?
Em função do grande volume de pessoas, veículos de imprensa, atletas envolvidos, patrocinadores, entre outros, cada evento precisa de um tipo de estrutura e de investimento diferentes. Em uma etapa do Oi Rio Pro, por exemplo, temos que ter links de internet mais robustos, uma rede com maior capacidade, para atender à demanda dos presentes e das TVs que transmitem o evento. A estrutura de rede que montamos e estamos fornecendo para o Pro Junior é proporcionalmente igual a do Oi Rio Pro. Além disso, é a primeira vez que uma empresa do porte da Oi patrocina um evento de categoria de base no surfe brasileiro.

Qual a expectativa da Oi para Saquarema, em termos de nível e de infraestrutura, e que lições os últimos eventos na cidade deixaram para a empresa?
Devido à boa performance dos brasileiros até o momento, a expectativa é que o público compareça em peso ao Oi Rio Pro 2019, em Saquarema. Por conta disso, a Oi já está preparada para suportar toda a demanda de cobertura e principalmente de tráfego de dados, pois cada vez mais o público sente a necessidade de estar totalmente conectado. No ano passado, segundo a própria WSL, conseguimos oferecer uma experiência de nível mundial para os fãs do surfe, tanto para quem estava em Saquarema quanto para quem assistiu digitalmente. E esse ano não faremos diferente, oferecendo internet de alta qualidade e disponibilidade, com e sem fio, para atender às demandas de imprensa, do público e da própria WSL. Com certeza vamos superar o volume de tráfego de 2018, que foi 65 vezes maior que no ano anterior.

Quem é ele

Nome
Bruno Cremona
Cargo
Gerente de patrocínios e eventos da Oi
Formação
Marketing, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em 2002
Histórico
Trabalhou no COB, fez parte dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, nos quais foi responsável pelo planejamento das vendas de todos os ingressos, atuou como coordenador de negócios na GL Events e foi coordenador de Planejamento na Wedo Marketing Promocional

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