Jorge Zarif se destacou mais uma vez e conseguiu o ouro na Final da Copa do Mundo da World Sailing, em Marselha. O velejador terminou com apenas 34 pontos perdidos e deixou para trás o segundo colocado, o neozelandês Josh Junior (51 p.p.). A performance decisiva foi muito semelhante à que lhe valeu o título da etapa francesa de Hyères da Copa do Mundo, no fim de abril.
— Foi muito bom. Em Hyères, a única regata que eu venci foi a da medalha. Aqui eu fiquei com o colete amarelo do líder por quatro ou cinco dias. É como se tivesse um alvo nas costas, com todo mundo mirando em você. Mas estou feliz por ter ganhado a regata e o campeonato — afirmou o velejador.
Assim como em Hyères, o brasileiro dominou a regata da medalha em Marselha. Montou todas as bóias em primeiro lugar, apesar de um começo ruim na prova decisiva.
— Tive uma largada terrível. Honestamente, não fazia ideia do que seria melhor, direita ou esquerda, e fiquei no meio da flotilha. Então vi muito vento vindo pelo lado direito. Tentei ir por ali e deu certo. Desta vez tive sorte — descreveu.
O ouro na França coroa a ótima temporada de Jorge Zarif. O brasileiro foi campeão da Copa do Mundo de Hyères (França), ficou em 4º lugar na Copa do Mundo de Miami (EUA), foi 5º no Troféu Princesa Sofia e 7º no Campeonato Europeu, ambos na Espanha. A próxima parada será o Mundial de Classes Olímpicas, em Aarhus, na Dinamarca, a partir de 30 de julho. O evento será a primeira competição qualificatória de países para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
— O objetivo no Mundial é classificar o Brasil. Vai ser muito difícil. São só oito vagas nesta primeira classificatória. Vou lutar para estar mais uma vez nos Jogos e, se vier uma medalha em Aarhus, melhor ainda — disse Zarif.
Também neste domingo, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan disputariam a regata da medalha na classe 470 feminina, mas a prova foi cancelada por falta de boas condições de vento. As brasileiras, que sonhavam com o bronze, terminaram a competição em sexto lugar, com 63 pontos perdidos.