Como Lance Armstrong, um dos grandes nomes da história do ciclismo, salvou as finanças de sua família após o escândalo de doping? Engane-se quem pensa que foi no esporte: foi na Uber, famosa empresa de transportes privados. Em entrevista à "CNBC" - sua primeira conversa com a mídia desde que confessou o escândalo em 2013 a Oprah Winfrey -, o ex-ciclista revelou ter feito investimento de 100 mil dólares em um fundo de capital de risco que investiu na companhia em 2009.
À época, ele não sabia que o fundo era destinado à Uber, como revelou o próprio. Há nove anos, a empresa valia cerca de 4 milhões de dólares - em 2019, quando abrir capital, a companhia de transportes pode entrar na Bolsa de Valores valendo 120 bilhões de dólares (o equivalente a R$463,2 bilhões, na cotação atual).
- Eu nem sabia que era no Uber. Achei que ele estava comprando um monte de ações de funcionários e ex-funcionários do Twitter. Foi um desses (de 10 a 50 milhões de dólares), foi muito (lucro), bom demais para ser verdade. Salvou nossa família - disse o ex-ciclista.
Lance Armstrong foi heptacampeão da Volta da França entre 1999 e 2005, sendo imediatamente alçado à condição de lenda do ciclismo mundial. Em 2012, todavia, ele foi banido pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla original em ingles), por ter aliado uso de esteroides e transfusões de sangue. O sofisticado esquema de doping não deixava rastros. Todos os resultados do ciclista a partir de 1998 foram anulados.