Ainda buscando o primeiro pódio na temporada 2025 da F1, Charles Leclerc admitiu que o caminho da Ferrari até lá pode ser mais longo que o imaginado. Após o quarto lugar no GP do Bahrein, disputado no último fim de semana, o piloto admitiu que faltou velocidade ao carro italiano e que os sinais indicam um longo caminho a percorrer. A SF-23 segue devendo em termos de downforce e aderência, temas de reclamação do monegasco após a apresentação em Sakhir.
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
— Não sei, acho que o túnel vai ser um pouco mais longo do que eu gostaria — admitiu Leclerc — Em algum momento, sei que encontraremos nosso caminho, mas quanto tempo levaremos até lá? Não sei. Precisamos de mais força aerodinâmica, de mais aderência — lamentou o monegasco.
— Estamos extraindo o máximo do carro no momento, mas não há nada a mais. Simplesmente preciso de mais aderência para ser mais rápido nas curvas. Na classificação, ainda consigo esconder isso com alguns truques. Na corrida, falta de aderência é falta de aderência, resulta em mais desgaste. Vira um efeito bola de neve, então, fica mais complicado — explicou.
A Ferrari chegou a apostar em uma estratégia diferente da maioria no Bahrein, largando com pneus médios e fazendo uma troca para compostos da mesma linha. No entanto, a última parte do planejamento foi atrapalhada por uma entrada do safety-car no final, obrigando o time a ir aos boxes calçar pneus duros para as últimas voltas.
Enquanto a equipe lamentou o momento infeliz da entrada do carro de segurança, Leclerc disse que a ausência da intervenção não teria mudado tanto as coisas. Segundo o piloto, os pneus já estavam começando a trazer problemas, o que indica que o desenrolar da prova poderia não ser muito diferente.
— Não acho que teria mudado muito. Talvez um pouco. Não sei, mas acho que simplesmente não éramos velozes o suficiente. Estava começando a sofrer um pouco atrás de George, meus pneus estavam superaquecendo. Acho que poderíamos ter feito pressão para que ele parasse, o que seria ótimo, mas não conseguimos — afirmou.
Por fim, a escolha de calçar pneus duros também foi tratada com naturalidade por Charles. O #16 não via a possibilidade de repetir a estratégia da Mercedes, que optou por um longo stint final de pneus macios. Para Leclerc, o problema principal é a falta de velocidade, algo que atrapalha a equipe independentemente do planejamento escolhido.
➡️ Serena sobre doping de Sinner: ‘Se fosse comigo, teriam tirado os meus Slams’
— Acho que foi a escolha certa, considerando o que tínhamos. Acho que o que George fez com os pneus macios no fim não era uma possibilidade para nós. Vamos revisar isso, mas não acho que foi algo decisivo. Acho que o ritmo simplesmente não estava lá. Então, em qualquer estratégia que você faça, vai estar sempre do lado errado das coisas. Não somos rápidos o suficiente — finalizou Leclerc.
A Fórmula 1 volta de 18 a 20 de abril em Jedá, palco do GP da Arábia Saudita, quinta etapa da temporada 2025.