Ex-médico da seleção de ginástica dos EUA reconhece abusos sexuais

Aos 54 anos, Larry Nassar se declarou culpado por molestar sete ginastas alegando procedimentos médicos

imagem cameraLarry Nassar ainda é tem acusações de pornografia infantil (Foto: Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/11/2017
16:03
Atualizado em 29/11/2017
18:31
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O antigo médico da seleção feminina de ginástica dos Estados Unidos, Larry Nassar, confessou, nesta quarta-feira, ter abusado sexualmente de sete meninas, com idades entre 13 e 16 anos. Atualmente, ele esta detido em Grand Rapids, no Estado do Michigan (EUA) e ficará detido por, pelo menos, 25 anos. A juíza Rosemarie Aquilina aceitou a confissão e estabeleceu uma audiência de sentença para o dia 12 de janeiro de 2018.

Ele foi, nesta quarta-feira à audiência realizada no Condado de Ingham, em Michigan (EUA). Nassar contou que molestou as meninas, alegando que se tratavam de exames de rotina.

- Agora é hora de mover essa comunidade para frente para curar as feridas. Não tenho animosidade com ninguém. Só quero que essas meninas se curem - disse Larry durante o julgamento.

Apesar de apenas sete casos estarem em julgamento, Larry soma mais de 100 acusações de abuso a ginastas. Atualmente com 54 anos, ele atuou como médico da seleção americana durante duas décadas, sendo demitido em 2015. Entre as vítimas, estão as campeãs olímpicas McKayla Maroney, Aly Raisman e Gabby Douglas.

Durante o julgamento, Aly Raisman, mostrou-se indignada com o tratamento dado ao médico pela corte.

- A corte está se referindo ao Larry como doutor Nassar. Estou enojada. Estou muito decepcionada. Ele não merece isso. Larry é nojento. Larry é um monstro, não um doutor.

Pais de ginastas estão processando a US Gymnastics e o Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) sob a acusação de acobertar Larry Nassar.

O réu ainda tem sob os ombros acusações de pornografia infantil. Ele receberá a sentença na próxima segunda-feira, dia 27. Em acordo com a promotoria, Larry se livrou das acusações de pedofilia, mas corre o risco de pegar prisão perpétua.

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