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MPF pede prisão de Carlos Arthur Nuzman por tempo indeterminado

Os procuradores ainda pediram a prorrogação da prisão temporária de ex-diretor do COB Leonardo Gryner

Carlos Arthur Nuzman
imagem cameraCarlos Arthur Nuzman foi preso na última quinta-feira em sua casa  (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/10/2017
15:43
Atualizado em 09/10/2017
18:51

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O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro pediu nesta segunda-feira a prisão preventiva do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Carlos Arthur Nuzman. Detido na última quinta-feira por cinco dias, o cartola seria solto nesta segunda. Caso pedido seja acatado, a detenção se dará por tempo indeterminado. O juiz Marcelo Bretas, da sétima Vara Federal Criminal do Rio, analisa a solicitação e deve dar uma resposta até o final da tarde.

Os procuradores também pediram a prorrogação da prisão temporária do ex-diretor do COB e do Comitê Rio-2016, Leonardo Gryner. Ele também foi preso na última quinta-feira, na segunda fase da operação 'Unfair Play' (Jogo Sujo).

Segundo o pedido do MPF, caso Nuzman possa responder às acuações em liberdade, não existirá garantia de que o cartola não interferirá na produção de provas. 

Outro fato que leva a ação da procuradoria é o recente pedido de cooperação internacional com a Suíça, a fim de identificar o patrimônio ocultado por Nuzman em um cofre em Genebra, capital suíça.

'A diligência em questão pode ser evidentemente prejudicada pelo acesso ao referido cofre e movimentação dos bens lá armazenados' - diz o texto.

O documento também explicita que Nuzman tentou utilizar dinheiro da Rio-2016 para pagar o escritório de seu advogado, Nélio Machado. Em e-mail enviado após ter sido levado para prestar depoimento, o presidente alega que a Diretoria Estatutária do Comitê Rio-2016 aprovou o contrato com o escritório de advocacia no valor de R$ 5,5 milhões.  A deliberação, no entanto, ocorreria dois dias depois. 

O Comitê afirmou que a nota fiscal do pagamento dos honorários foi cancelada e que o serviço não chegou a ser pago.

Segundo o pedido dos procuradores, o documento prova que Carlos Arthur Nuzman "continua a atuar em benefício próprio, usando os instrumentos do Comitê Olímpico Brasileiro, bem como sua influência sobre as pessoas que lá trabalham".

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