‘Muhammad Ali: uma personalidade que transcende o esporte’

imagem cameraAli: ' Sou preto, confiante, arrogante. Acostume-se a mim' (Foto: Reprodução/Facebook)
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Lance!
Londres (ING)
Dia 04/06/2016
17:08
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"Eu sou América. Eu sou a parte que você não vai reconhecer. Mas vai se acostumar comigo - preto, confiante, arrogante; meu nome, não o seu; minha religião, não a sua; meus objetivos, eu mesmo. Acostume-se a mim. "

Muhammad Ali gostava do som de sua própria voz, e todos também gostavam. A América lamenta a perda de um homem colossal não apenas no boxe, mas na política, na religião e na cultura popular.

Nascido no sul americano antes de Rosa Parks se recusar a ceder um assento no ônibus a um passageiro branco, ele morreu aos 74 anos e conseguiu ver o primeiro negro eleito presidente dos Estados Unidos. Barack Obama fez um tributo ao atleta, ativista, humanista, poeta e showman. Obama disse o que muitos pensam:

- Muhammad Ali foi o maior. Ponto. Se você perguntasse isso a ele, ele diria que era o dobro do maior, que ele algemou o raio, jogou o trovão numa cela. Mas o que fez dele o maior campeão de todos, o que o diferenciou dos outros, é que todo mundo diria exatamente a mesma coisa. Como todos no planeta, eu e Michelle lamentamos essa perda. Mas somos gratos a Deus por termos tido a sorte de conhecê-lo. Muhammad Ali sacudiu o mundo e todos nós somos melhores por isso.

Obama disse que guarda um par de luvas de Ali, num estúdio particular, sob uma foto dele, aos 23 anos, "rosnando como um leão" sobre um derrotado Sonny Liston.

- Seu nome era familiar tanto para os moradores de favelas do sudeste da Ásia ou de vilarejos africanos como para as plateias do Madison Square Garden.

O tricampeão de pesos-pesados morreu na noite de sexta-feira, um dia depois de dar entrada no hospital de Phoenix com problemas respiratórios. Sua família estava com ele. Ali enfrentou uma longa batalha contra o Mal de Parkinson, que prejudicou sua fala e fez o ex-atleta (que dizia poder flutuar como uma borboleta e picar como uma abelha - tornar-se prisioneiro do próprio corpo.

The Guardian




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