Na história do tênis mundial masculino, os Estados Unidos, por muitos anos, dominaram o circuito, com nomes como Pete Sampras (dono de 14 Grand Slams), Andre Agassi (8), Jimmy Connors (8), John McEnroe (7) e Andy Roddick (1), todos ex-líderes do ranking. Entretanto, lá se vão 21 desde que um tenista do país ergueu um dos quatro troféus de Grand Slam: Roddick, no US Open de 2003.
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Pois, no que pode ser uma luz no final do túnel nesse quesito, no ATP NextGen Finals, que começou quarta-feira (18), em Jidá, na Arábia Saudita, o tênis norte-americano, pela primeira vez, tem três representantes. São eles: Alex Michelsen (41º do mundo), Learner Tien (122º) e Nishesh Basavareddy (138º).
É um trio que mostra belas credenciais. Michelsen, por exemplo, campeão de duplas juvenil em Wimbledon há dois anos, vem numa ascensão meteórica: era o 763º do mundo, em novembro de 2022. Hoje, aos 20 anos, já está no seleto top-50.
Sparring no ATP Finals de 2023, torneio que reúne os oito melhores da temporada, Basavareddy, de 19 anos, profissionalizou-se neste mês, embalado por dois títulos em Challengers: em Puerto Vallarta, no México, em novembro; e em Tiburon, nos EUA, em setembro.
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Vice-campeão do US Open juvenil de 2023, quando foi superado pelo brasileiro João Fonseca, Tien, de 19 anos, conquistou três Challengers em 2024: em Fairfield, (em outubro), Las Vegas (em setembro), e em Bloomfield Hills, em julho, todos nos EUA. Nesse último, bateu Basavareddy na decisão. Em agosto, tornou-se o mais jovem americano desde 2016 a entrar no top-200.
Michelsen e Tien vencem na estreia no NextGen
Nesta quarta, Alex Michelsen e Learner Tien saíram vitoriosos na primeira rodada em Jidá. O primeiro superou o compatriota Basavareddy por 2/4, 4/3 (7/5), 4/3 (7/4) e 4/2; e o segundo, pelo Grupo Azul, o mesmo de Fonseca, salvou um match-point num duelo dramático diante do tcheco Jakub Mensik. O triunfo foi por 4/3 (8/6), 4/3 (7/3), 2/4, 2/4 e 4/3 (10/8).
Os dois melhores de cada chave avançam às semifinais no próximo sábado (21). A decisão acontecerá domingo (22).
Fritz derruba escrita do tênis dos Estados Unidos
Na última final do US Open, em setembro, Taylor Fritz pôs fim a uma escrita de 15 anos para o tênis norte-americano. Desde Roddick, em Wimbledon, quando foi superado pelo suíço Roger Federer, nenhum tenista dos EUA chegava à decisão de um Slam. Fritz, por sua vez, perdeu o título para o italiano Jannick Sinner, líder do ranking mundial.