De acordo com o Estado de S. Paulo, assim como Ricardo Teixeira, Carlos Arthur Nuzman tinha Willy Kraus como doleiro para realizar pagamentos secretos na Suíça para contas sigilosas. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Kraus foi utilizado para efetuar pagamentos para Lamine Diack, possível responsável pela venda dos votos de africanos para a Rio-2016.
O Ministério Público Francês foi o responsável pela descoberta da participação de Kraus, ao identificar um depósito feito pelo doleiro à empresa Pamodzi, cujo proprietário era o filho do ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, em inglês) Lamine Diack. Papa Diack seria o responsável por pressionar Nuzman a realizar os pagamentos.
- Dois desses depósitos coincidem exatamente com os valores e períodos apontados na mensagem encaminhada em 6 de janeiro de 2010 por Papa Diack a Maria Celestre Pedroso (secretária de Nuzman) - afirma o MPF.
Esta mensagem evidenciaria que os pagamentos para a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro em outubro de 2009 teriam ocorrido. Kraus teria usado, no dia 22 de dezembro do mesmo ano, uma conta secreta em um banco suíço para transferir o dinheiro a uma conta de Diack, no Senegal. Em 2010, mais dois depósitos foram realizados.