O Brasil terminou a segunda feira com mais duas medalhas. Caio Souza conquistou o ouro e Arthur Nory a prata na disputa Individual Geral da ginástica artística. O canadense Cory Paterson ficou com o bronze.
Os brasileiros estiveram sempre entre os primeiros confirmando a força do país na modalidade. Na soma dos seis aparelhos, Caio Souza fez 83.500 pontos, enquanto Arthur Nory somou 82.950. Cory Paterson conseguiu 82.200.
Os dois já haviam conquistado o ouro por equipes. Caio Souza e Arthur Nory foram prata por equipe nos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, em 2015. Na mesma edição, Caio foi bronze no Salto. Já Nory, tem uma medalha olímpica, o bronze no Solo, no Rio de Janeiro, em 2016.
Desde a primeira conquista em Pan-Americanos, nos Jogos de San Juan (PUR), em 1979, com um bronze por equipe, a ginástica masculina nunca havia conquistado uma medalha no Individual Geral, que é aquela que reúne os ginastas que têm bons resultados em mais de um aparelho. Em Lima, o jejum foi quebrado em dose dupla, com atuações excepcionais de Caio Souza e Arthur Nory.
Ao longo de toda prova, os dois disputaram ponto a ponto em cada aparelho a liderança. Chegaram a ser ameaçados pelos canadenses Cory Paterson (que levou o bronze) e René Cournoyer, mas o dia era mesmo do Brasil. Com performance excepcional na barra fixa, quando tirou 14,400 e levantou a torcida, Caio assegurou a vitória.
Enquanto chorava de emoção, viu seu companheiro de equipe Nory acertar uma prova irretocável também, mas como ele tinha uma vantagem segura, o ouro foi assegurado. No final, Caio Souza levou a medalha de ouro com a nota 83,500, contra 82,950 de Arthur Nory, que levou a prata.
– Cometi algumas falhas na classificatória, mas felizmente mantive o foco na competição. Preparado eu estava, só precisava mostrar. O resultado veio por conta disso – afirmou Caio Souza após o pódio.
Ele também comentou sobre uma cirurgia que quase o tirou do Pan-Americano de Lima.
– No dia 9 de maio, passei por uma cirurgia no tornozelo esquerdo, estava na incerteza se daria para competir. Também não sabia se iria para quatro ou seis aparelhos. A cada dia que foi passando, seguia trabalhando firme e consegui entrar na equipe para representar os seis aparelhos. A cada aparelho, foi saindo um pouco do peso desta cirurgia. Aqui, este resultado mostra a minha evolução. Eu desabei em choro foi por isso tudo. A gente treina muito, muitas horas, dias, anos, para chegar e mostrar em um momento. E deu certo – comentou.
Nory também falou de superação para chegar à medalha de prata neste Pan-Americano.
– Passei por vários problemas físicos até chegar a esta final. A cada série que a gente acertava, era um desabafo, uma satisfação. Só temos a agradecer a toda equipe que está por trás que nos ajudou para chegar até aqui. A CBG, os treinadores, clubes e todo suporte do COB em toda esta preparação – disse o ginasta.