Seleção feminina de ginástica supera lesão de Jade e computador travado

Com boas notas no solo e assimétricas, equipe conquistou a medalha de bronze no último sábado e ainda avançou para sete finais individuais. Duas serão disputadas nesta segunda

Escrito por

Não tem sido fácil a vida da Seleção Brasileira feminina de ginástica artística nos últimos meses. Primeiro, a lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito de Rebeca Andrade, ocorrida em junho, que precisou passar por cirurgia e só voltará a competir no ano que vem. Depois, já em Lima, uma contusão sofrida por Jade Barbosa no treino de pódio, que embora não tenha sido grave, acabou fazendo com que a comissão técnica do Brasil optasse por preservá-la para o Mundial de Stuttgart, em outubro.

Mesmo sem estas duas importantes peças, a equipe brasileira superou as dificuldades para conseguir estrear no Pan de Lima com uma medalha de bronze no último sábado, no Poliesportivo de Villa El Salvador. Mas mesmo na competição, as meninas brasileiras precisaram se superar.

Antes de iniciarem a rotação na trave, um problema no computador que registra as notas atrasou o início da participação brasileira. Enquanto as demais adversárias realizavam suas séries normalmente, as brasileiras ficaram paradas, perdendo todo o aquecimento que fizeram.

Depois de quase dez minutos, foram autorizadas a competir. Tanto Thais Fidélis quanto Flavia Saraiva tiveram quedas em suas apresentações, embora a segunda ainda tenha alcançado uma nota suficiente para chegar à final do aparelho (12,900).

– Deu um problema no computador que libera as notas e as três ficaram esperando. Isso foi muito difícil, porque todas as demais ginastas estavam fazendo suas séries. Elas tiveram que aquecer de novo, foi muito ruim. Mas o importante foi que elas conseguiram se superar muito bem diante destas dificuldades – afirmou Jade Barbosa, que como não foi oficialmente cortada, também recebeu sua medalha de bronze. Foi sua quarta medalha em Pan-Americanos, após as três conquistadas na Rio-2007 (ouro no salto, prata por equipe e bronze no solo).

Por causa desta superação, Jade acredita que a medalha de bronze precisa ser muito valorizada.

– Não vejo como poderia ter sido melhor, diante da atual situação da equipe. O saldo daqui foi muito positivo, elas se saíram muito bem com o que a gente poderia fazer. É algo que poucos atletas tiveram que encarar, se superar quando não está na melhor situação – disse Jade, que também comentou sobre a experiência de ter ficado apenas do lado de fora da quadra, ajudando as companheiras.

– É difícil, uma experiência nova. Tentei fazer o máximo para elas, dando força para cada uma, arrumando a paralela...o bom é que deu tudo certo – comentou Jade, que se mostra otimista com sua recuperação.

– Sim, fisicamente não devo ter problemas. Na verdade, todas nós ainda temos muito também o que evoluir tecnicamente. Mundial será daqui a dois meses e estamos no caminho certo, vendo as notas que tivemos aqui – explicou a ginasta brasileira.

Além da medalha de bronze por equipe, a Seleção feminina assegurou presença em sete finais individuais no Pan de Lima. No Individual Geral, que acontece nesta segunda-feira, a partir das 15h (de Brasília), Flavia Saraiva avançou com a quarta melhor nota (54,000) e Thais Fidélis com a sexta (52,000); nas assimétricas, Lorrane Oliveira teve a quarta melhor nota no aparelho (14,000) e Carolyne Pedro a sexta (13,150); na trave, Flavia Saraiva avançou com a sexta melhor nota (12,900); e no solo, Flavia ficou se classificou em terceiro (13,800) e Thaís Fidélis em sexto (13,300).

Siga o Lance! no Google News