Papo com Helio Castroneves: ‘Desafio no sobe e desce de Laguna Seca’

Piloto encara neste domingo, a partir das 16h, o Firestone Grand Prix of Monterey

imagem cameraHelio Castroneves (Foto: Divulgação)
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Lance!
Laguna Seca (EUA)
Dia 17/09/2021
15:21
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Amigas e Amigos!

Cá estou na estrada novamente porque neste domingo, a partir das 16:00, no horário do Brasil, acontece o Firestone Grand Prix of Monterey no mais do que conhecido e festejado WeatherTech Raceway Laguna Seca, na Califórnia. Será a penúltima etapa do 2021 NTT IndyCar Series e as atividades de pista começam já na sexta-feira, com um treino livre (18:30 às 19:15).

No sábado, 18, os carros voltarão para a pista de 3,6 km para o segundo treino livre (14:45 às 15:30) e o Qualifying, que terá início às 18:05. No domingo, enquanto a galera estiver almoçando aí no Brasil, teremos um treininho de aquecimento de meia hora (13:00 às 13:30), o chamado Warmup, antes da corrida de 90 voltas, quatro da tarde.

Gosto muito dessa pista, onde tive oportunidade de correr algumas vezes, entre minhas temporadas de IndyCar e IMSA. Ainda na época da CART, em 2000, venci com pole. Aliás, o recorde de volta no Qualifying ainda é meu, com 1min07s722. Pela IndyCar, porém, será minha “estreia”, pois quando a categoria voltou a Laguna Seca, em 2019, eu já não estava em tempo integral na equipe Penske de Indy. Em compensação, nas minhas três temporadas de protótipos, o Ricky Taylor e eu fizemos a pole em 2019 e vencemos em 2020.

Como vocês se lembram, estava muito empolgado com a corrida da semana passada, em Portland. Numa prova de 110 voltas, daria para elaborar uma estratégia muito consistente e buscar um bom resultado para a Meyer Shank Racing. Na classificação, confesso, não fomos bem, mas aprimoramos o acerto que tínhamos usado num dos treinos livres, no qual fui 2º, para entrar na corrida de forma bem competitiva.

Mas não foi isso o que aconteceu, talvez porque nem todo mundo ouviu do seu Helio os mesmos ensinamentos que recebi. Desde os tempos do kart meu pai sempre disse: “Filho, uma corrida não pode ser vencida na primeira volta, mas pode perfeitamente ser perdida já na primeira curva”.

Ainda na primeira curva depois da largada, fui jogado para fora da pista porque, numa sequência de batidas iniciada atrás, seguramente alguém que não recebeu esse sábio conselho ou, sei lá, esqueceu. Para piorar, meu carro ficou preso numa elevação e não consegui sair. Se fosse só isso, tudo bem, ou melhor, menos ruim. O problema é que prejudicou a suspensão do carro e, quando voltei, não dava para continuar daquele jeito.
Desistir? Jamais!

Foi aí que transformamos nosso limão em limonada. Sem chances diretas de um bom resultado em Portland, aproveitamos para treinar e foi o que fizemos. Meus mecânicos botaram o #06 em ordem e fui até o final, mesmo com muitas voltas de atraso, realizando vários experimentos. Então, vamos nós para Laguna Seca e, realmente, espero estar aqui na próxima semana para falar de um bom resultado.

O pacote de TV montado pelo Willy Hermann e Carlo Gancia para o Brasil está demais nessa temporada da IndyCar, o que permite ao fã da Fórmula Indy ver tudo ao vivo. Treinos livres, Qualifying e Warmup estão na tela da emissora por assinatura Com Brasil TV, assim como a reapresentação da corrida, que vai ao vivo pela TV Cultura. É só ficar atento à programação e ver esse show de velocidade.

É isso, amigas e amigos, cuidem-se e até semana que vem.

* Helio Castroneves, especial para o LANCE!

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