Nesta quinta-feira, 5, estou em Indianapolis trabalhando no simulador da Honda, mas seguirei logo na sequência para Miami, uma cidade que também posso chamar de “minha”, para acompanhar a Fórmula 1 neste final de semana. Nesses mais de 25 anos que estou nos Estados Unidos, morei a maior parte do tempo em Miami, o que me faz ter uma ligação muito forte com a cidade e a Flórida.
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Fui convidado para estar no Grande Prêmio, que desde já promete ser um sucesso, para participar de ações com o nosso patrocinador AutoNation. Já tive oportunidade de fazer isso outras vezes e posso assegurar que há uma semelhança muito grande entre a Fórmula 1 e a Indy em promover encontros dos principais executivos de grandes empresas com clientes em potencial.
Em sendo em Miami, o Liberty Media está preparando um evento realmente especial. E como eu sei disso? Acho que não vou contar nenhuma novidade, mas para quem não sabe o Liberty Media, que é dono da Fórmula 1, é um dos sócios da Meyer Shank Racing.
E por falar no Jim Meyer e Mike Shank, fiquei frustrado por não conseguir entregar a eles um bom resultado no Barber Motorsports Park, no domingo passado. Nossa estratégia parecia perfeita no papel, mas acabou não funcionando como queríamos e, ainda por cima, recebi um penalty por causa de um toque involuntário durante a prova.
Por outro lado, a evolução do carro foi brutal entre o primeiro treino da sexta e a corrida do domingo. Mesmo diante de um resultado não desejado, o Indy Grand Prix of Alabama foi um teste tecnicamente muito valioso. E isso me deixou bem otimista.
O foco agora é Indianapolis. O Super May é uma ocasião especialíssima, pois é quando ficamos na cidade por mais tempo numa jornada de grande movimentação. Em três finais de semana consecutivos, teremos o Indy GP, no misto de Indianapolis, o Pole Day e a Indy 500, no dia 29 de maio. Trata-se de um período de muito trabalho, mas a atmosfera é super motivadora e entusiasmante.
No meu caso, especificamente, além do fato de ter vencido a disputa do ano passado, o que me faz ser o centro das atenções, tem também a minha condição de ser o único capaz de conquistar cinco vitórias na Indy 500. O meu sonho sempre foi conquistar a quarta vitória para me igualar a Rick Mears, AJ Foyt e Al Unser. A meta foi cumprida. Agora, o negócio é trabalhar forte para conquistar outra vitória na corrida mais importante do mundo.
Falando assim, até parece que é fácil, mas não é. Venci em 2001 e 2002. A terceira veio sete anos depois e, para ter meu quarto anel, foram necessários 12 anos. O negócio, então, é trabalhar muito e ver o que acontece.
Volto na semana que vem para falar do início dessa jornada em Indianapolis e espero ter muita coisa legal para contar ao longo dessas maravilhosas três semanas que temos pela frente. Forte abraço e até lá!
* Helio Castroneves, especial para o LANCE!