Papo com Helio Castroneves: ‘Já trabalhando no acerto para Indianapolis’

Piloto brasileiro volta às pistas nos dias 8 e 9 de abril, em rodada de testes oficiais no Indianapolis Motor Speedway. Será o início da preparação para a Indy 500

imagem cameraFoto: IndyCar
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Lance!
Indianapolis (EUA)
Dia 31/03/2021
13:40
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Amigos leitores do LANCE!, tudo bem?

Esta semana estou cuidando de algumas coisas particulares, mas semana que vem já estarei de volta à pista. Será nos dias 8 e 9 de abril, quando a NTT IndyCar Series promoverá uma rodada de testes oficiais no Indianapolis Motor Speedway. É o início da preparação para a Indy 500, do próximo dia 30 de maio.
Estou ansioso por essas atividades porque será a primeira vez que andarei com o carro da Meyer Shank Racing e com meu novo time de engenheiros e mecânicos num circuito oval. E não poderia haver lugar melhor para isso do que o palco da Indy 500, prova tão importante na minha carreira e que marcará minha estreia na nova equipe.

Esse período é de fundamental importância porque permite ao novo grupo se conhecer melhor, trabalhar no sentido de deixar o carro o mais acertado possível e juntar todos os elementos para deixar o carro como eu gosto.
Como estou indo para minha 21ª.Indy 500, pode parecer que eu já tenho de cabeça o melhor acerto. Na verdade, não é assim que a coisa funciona. Qualquer alteração no carro, por mais simples que seja, requer uma receita totalmente nova. O mesmo acontece quando há alteração no composto de borracha dos pneus ou no asfalto.

Vocês se lembram no ano passado, quando a gente andou pela primeira vez com o Aeroscreen em Indianapolis, influenciaram demais na performance o peso maior do carro e o novo pacote aerodinâmico. Para esse ano, além de o carro estar alguma coisa mais leve, terá mudanças também no pacote aerodinâmico.

Apenas esses itens já exigem alto grau de concentração no trabalho e muitas horas de conversas com os engenheiros para que o acerto básico seja obtido bem rápido. Quanto antes a gente tem domínio do setup, mais tempo tem para testar novos acertos que poderão ser muito úteis, dependendo da temperatura ambiente, do asfalto, intensidade e direção do vento.

Cada ocorrência dessa gera uma reação diferente do carro. Dessa forma, várias combinações de acerto precisam estar definidas e testadas. Percebam, então, que não se trata apenas de acertar o carro, mas ser muito bem-organizado para usar corretamente as diversas alternativas para cada situação.

Vou ser honesto com vocês. Nem todo piloto gosta detestar, mas eu adoro! Quero aproveitar nada minuto do Open Test para chegar bem competitivo em maio.

Forte abraço a todos e até a próxima semana.

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