Responsável pelo principal feito da delegação verde e amarela nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, Isadora Williams fez uma preparação bem brasileira para competir no programa curto da patinação artística nesta quarta-feira. Filha de mãe mineira, a jovem nasceu nos Estados Unidos, onde mora, mas recorre à música da nação que representa. Antes de ela fazer história ao ir à final, Anitta foi a saída para aliviar a tensão da prova.
– Foi muito divertido. Eu estava nervosa. Fiz bem meus treinos de manhã, ouvi a música brasileira da Anitta "Vai Malandra" (risos). Sim, foi a melhor apresentação da minha vida – contou Isadora, de 22 anos.
Ela se tornou a primeira sul-americana a avançar para a grande decisão (programa longo) da patinação artística individual. Obteve nota 55.74 e viu uma série de rivais ficarem pelo caminho. No fim, avançou na 17ª posição. O resultado veio ao som de Halleluja, de Leonard Cohen na versão de K.D. Lang.
A russa Alina Zagitova, de 15 anos, fez a melhor apresentação e, com 82.92 pontos, estabeleceu novo recorde mundial.
Em Sochi, em 2014, Isadora já havia obtido um feito inédito simplesmente por participar da prova, pois nunca uma sul-americana havia se classificado. Mas, na ocasião, terminou na 30ª e última colocação.
– Depois de Sochi, hoje tenho memórias melhores dos Jogos Olímpicos – disse.
O programa longo será disputado nesta quinta-feira, às 22h (de Brasília). Nesta disputa, as atletas não precisam realizar os movimentos obrigatórios que caracterizam o programa curto.
– Minha competição é muito forte, mas estou confiante, pois tenho mais espaço para fazer mais saltos. E gosto da minha música. É um tango, que acho muito sexy – completou a atleta.
A posição final da competição individual feminina da patinação artística dos Jogos Olímpicos de Inverno será determinada pela soma das notas do Programa Curto e do Longo.