Patrícia Farias reforça o Brasil nas grandes travessias em águas abertas

Carioca encara, em junho, a Capri-Nápoles, uma das mais tradicionais provas do circuito internacional de ultramaratona aquática

imagem cameraPatrícia Farias conquistou o título brasileiro nos 10km em 2013
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 08/03/2017
15:05
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O Brasil tem tudo para manter a boa fase no cenário mundial da maratona aquática. Após o bicampeonato mundial de Ana Marcela Cunha (2011 e 2015) e a conquista inédita do bronze nos Jogos na Rio-2016, com Poliana Okimoto, Patrícia Farias entrou de cabeça na rota das principais ultramaratonas aquáticas do mundo. 

A carioca, que, em 2016, se tornou a primeira mulher a concluir os 35km da Travessia Do Leme ao Pontal, colocou, como meta para esta temporada, realizar a Travessia entre a Capri-Nápoles, uma das mais tradicionais e importantes do circuito internacional.

- As mulheres têm quebrado vários paradigmas na modalidade e espero contribuir para que o Brasil alcance cada vez mais feitos extraordinários. Todos nós somos capazes de superar nossos limites e espero que o meu exemplo ajude outras mulheres a se desafiarem, mostrarem sua força e irem mais longe, tanto no esporte como na vida - conta Paty.

O percurso entre a ilha do Mar Tirreno e a famosa cidade italiana é considerado um dos mais fascinantes e difíceis dos 7 mares. Os nadadores levam uma média de seis à oito horas para finalizar a travessia, dependendo das condições climáticas. O desafio de Patrícia está previsto para o dia 30 de junho, início do verão europeu, quando a sensação térmica do ambiente pode alcançar os 30ºC. A temperatura média da água, nesse período, é de 21 ºC. A prova, geralmente, é realizada sem o uso de neoprene (roupa térmica), o que dificulta mais o nado.

- Para concluir desafios como este, tenho um calendário extenso de provas a ser seguido ao longo do ano, definido estrategicamente junto com meu treinador. São treinos diários, intercalados entre Clube Hebraica Rio e o Posto 6 da Praia de Copacabana, mais o suporte de toda equipe multidisciplinar, com musculação, fisioterapia e nutrição. Uma rotina bem puxada mas que vale a pena - lembra a nadadora.

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