Petrúcio Ferreira e Gabriel Araújo batem recordes mundiais
Feitos foram obtidos em provas nacionais de atletismo e natação em São Paulo
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Os campeões paralímpicos Petrúcio Ferreira e Gabriel Araújo bateram recordes mundiais logo no primeiro dia de competições do Desafio CPB/CBAt e da 1ª etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa, competições de atletismo e natação que começaram nesta quinta-feira e vão até sábado, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
O velocista paraibano fez a nova marca mundial nos 100 m da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores) durante o Desafio de atletismo CPB/CBAt ao correr o percurso em 10s29. O recorde anterior também era dele. Em 2019, no Mundial de Dubai, Petrúcio realizou a prova em 10s42.
Já o nadador da classe S2 fez o tempo de 3min37s64 nas eliminatórias da prova dos 150 m medley pela 1ª etapa Nacional do Circuito Paralímpico Loterias Caixa e quebrou o próprio tempo anterior, de 3min47s04, registrado no último dia 3 de março, na etapa da Itália do World Series, circuito internacional da natação organizado pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês).
- Melhorar o tempo é sempre minha meta. Desde os Jogos de Tóquio 2020, nos quais conquistei a medalha de ouro e bati o recorde paralímpico da prova, eu não parei de treinar. Fiz todo o trabalho multidisciplinar para me manter em alto nível. Estou muito feliz com o resultado - disse Petrúcio, que participa do evento pelo clube Pinheiros, da capital paulista.
Além de bater o seu próprio recorde mundial, o paraibano reforça o título de atleta paralímpico mais rápido do mundo, ou seja, o dono do melhor tempo nos 100 m, independentemente da classificação esportiva. Vale destacar que o tempo de 10s42 já o colocava neste posto.
O Desafio de atletismo CPB/CBAt é composto por provas de pista e campo, com disputas entre atletas com e sem deficiências. Em sua prova, Petrúcio chegou em primeiro lugar, inclusive superando esportistas olímpicos, como Derick Souza, também do Pinheiros e campeão mundial no revezamento 4 x 100 m. Derick terminou a disputa nesta quinta em 10s35.
- Os atletas sem deficiência puxam a gente. Eu fico motivado para superá-los. No meu dicionário, não existem as palavras impossível e difícil. Só existe a frase: 'Eu posso, eu quero e eu consigo'. Depois deste tempo de 10s29, quem sabe eu consiga chegar à marca de 10s10? Não é uma promessa, mas tenho este desejo - concluiu o velocista, que, aos dois anos de idade, perdeu parte do braço esquerdo em um acidente com uma máquina de moer capim.
Já Gabriel Araújo bateu o recorde em uma prova que não faz parte do programa do Campeonato Mundial da natação na classe do nadador mineiro de Santa Luzia. Mesmo assim, o atleta tem aproveitado a competição no CT Paralímpico para treinar todas as variáveis dentro da piscina. Ainda nesta manhã, Gabriel ainda bateu o recorde das Américas na prova dos 100m livre ao cravar 1min57s63 e diminuir o seu próprio feito antigo, de 1min5875.
- Os 150m medley é uma prova nova para mim, estou começando a nadar este estilo recentemente. Então, estou muito feliz e é mais uma resposta de que o trabalho está sendo bem feito, estamos no caminho certo para chegar bem no Mundial - analisou Gabrielzinho, que tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas.
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