Philadelphia Eagles: da derrocada em 2024 ao título do Super Bowl em 2025
Franquia se redime das duas últimas temporadas
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O Philadelphia Eagles derrotou o Kansas City Chiefs por 40 a 22 e conquistou o Super Bowl LIX, realizado em Nova Orleans, Lousiana, nos Estados Unidos. Com o título, a franquia conquistou o Troféu Vince Lombardi pela segunda vez e se redimiu de um vice-campeonato em 2022 e uma derrocada que eliminou a equipe de forma precoce da temporada de 2023.
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Fundação e anos dourados
O Philadelphia Eagles surgiu em 1933 por Bert Bell e Lud Wray, depois que o time da Filadélfia, o Frankford Yellow Jackets, foi à falência em 1931. Junto com o Pittsburgh Steelers e o extinto Cincinnati Reds, os Eagles entraram na NFL como equipes de expansão.
A era de ouro dos Eagles foi nos anos 40, quando a franquia conquistou dois títulos da NFL, em 1948 e 1949, contra o Chicago Cardinals e o Los Angeles Rams, respectivamente. O terceiro título chegou em 1960 e foi histórico, já que o time contava com jogadores lendários como Norm Van Brocklin e Chuck Bednarik, além do treinador Buck Shaw. O Philadelphia venceu justamente os Packers por 17 a 13 para conquistar o tricampeonato.
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Anos apagados e primeiro Super Bowl
Depois do período de glórias, o Philadelphia Eagles passou por um período de instabilidade, com temporadas boas e muito ruins. Inclusive, a franquia teve diversos donos nesse meio tempo, só se estabilizando em 1994, quando foi comprado por Jeffrey Lurie pela quantia de 195 milhões de dólares. Hoje em dia, os Eagles são avaliados em 2,65 bilhões de dólares (cerca de R$ 14 bilhões na cotação atual).
Em 2005, os Eagles foram ao Super Bowl contra o New England Patriots, do até então jovem Tom Brady. Mesmo com Andy Reid, atual bicampeão pelos Chiefs, como treinador de Philadelphia, os "Birds" foram derrotados pelos Pats por 24 a 21.
Na temporada de 2017, os Eagles montaram um excelente elenco e nem mesmo a lesão de Carson Wentz, quarterback titular da equipe, perto dos playoffs, impediu o título do Super Bowl LII. Liderado pelo reserva Nick Foles, o time da Filadélfia se vingou dos Patriots e venceu o quarto título da NFL em sua história.
![Patriots x Eagles - Super Bowl LII](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,quality=75,format=webp/uploads/2018/02/05/5a77e93bcf978.jpeg)
Instabilidade e um novo começo
Wentz, mesmo recuperando a condição de titular após a contusão, não conseguiu alcançar o mesmo nível da temporada em que conduziu sua equipe ao Super Bowl. Em 2018, uma nova lesão o tirou da reta final do calendário regular; no ano seguinte, alcançou os play-offs e empolgou o torcedor, mas caiu ainda no wild card diante do Seattle Seahawks sem passar do primeiro quarto do confronto devido a uma concussão.
O draft de 2020 foi o início da virada de chave. A então promessa Jalen Hurts, com passagens pelas universidades de Alabama e Oklahoma, foi a 53ª escolha geral e chegou para ser o terceiro quarterback, atrás de Wentz e Nate Sudfeld. A hierarquia fez com que Carson seguisse titular, mas em certo ponto, Hurts subiu no gráfico: seu primeiro jogo aconteceu na semana 13, substituindo o titular durante o confronto com o Green Bay Packers e lançando seu primeiro passe para touchdown, mesmo na derrota por 30 a 16. Na semana seguinte, o técnico Doug Pederson o escalou como titular, e seguiu a lógica para as rodadas finais.
![Jalen Hurts teve mais um grande jogo pelo Philadelphia Eagles](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,quality=75,format=webp/uploads/2022/12/18/639f9532d1068.jpeg)
Pederson, já criticado pelos fracassos dos anos anteriores, se envolveu em uma polêmica com Hurts no último jogo. Diante do então denominado Washington Football Team, a desvantagem era de apenas três pontos no terceiro quarto, mas o titular foi sacado para a entrada de Sudfeld. A derrota se confirmou no fim por 20 a 14, e embora o comandante tenha justificado "dar minutos ao segundo quarterback", uma chuva de críticas surgiu nos céus de Philly por possivelmente escolher entregar o jogo, a fim de terminar a campanha com um recorde de 4-11-1, ficar em último na divisão e melhorar a posição no draft.
Nem mesmo a conquista do Super Bowl três anos antes salvou a dupla Wentz e Pederson do adeus à cidade. Hurts, o novo camisa 1 dos Eagles, ganhou os comandos de Nick Sirianni, que aceitou o desafio de assumir um time da NFL como head coach pela primeira vez - antes, alternou trabalhos posicionais e ofensivos em Kansas, Los Angeles e Indianapolis. A ascensão da dupla refletiu na mudança de postura, e a partir da temporada de 2021, Philadelphia voltou a ser uma força dentro do futebol americano.
![Nick Sirianni Eagles NFL](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,quality=75,format=webp/uploads/2024/09/Captura-de-tela-2024-09-05-155154.png)
A montanha-russa da evolução
Na primeira temporada, a parceria começou bem. O jogo de estreia marcou um triunfo por 32 a 6 diante do Atlanta Falcons, para deixar os fanáticos aficionados animados com o futuro. A campanha 9-8 garantiu um lugar à equipe no wild card, mas Tom Brady não tomou conhecimento e levou o Tampa Bay Buccaneers a uma vitória por 31-15. Apesar da derrota, os feitos foram positivos: Sirianni foi apenas o terceiro head coach a levar os Eagles além da temporada regular na história da franquia, se juntando a Chip Kelly (2013) e Ray Rhodes (1995).
A evolução natural aconteceu em 2022. Um time completo e que parecia perfeito em campo alcançou 14-3 naquele ano, e saltou a rodada de wild card. Jalen Hurts concorreu ao prêmio de MVP, e nos play-offs, mostrou capacidade de conduzir os Eagles a voos altos. Vitórias por 38-7 e 31-7 sobre os Giants e os 49ers, respectivamente, garantiram à equipe o título da NFC. Faltava o último passo. Derrubar Patrick Mahomes e o Kansas City Chiefs.
A noite de Super Bowl foi de grande magia para o fã de futebol americano. Um dos jogos mais disputados da história da competição. A disputa entre Mahomes e Hurts, marcando o futuro da NFL. As estatísticas de Jalen foram abissais: 304 jardas de passe, 70 de corrida, um passe para TD e três corridas para TD (maior da história do quesito). Mas o desempenho não foi suficiente para parar Mahomes e o grande time de Kansas, que levou a melhor por 38 a 35 e decepcionaram uma legião de fãs que tinham esperança na conquista.
![Super Bowl LVII - 2023 - Kansas City Chiefs](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,quality=75,format=webp/uploads/2024/02/AFP__20240130__1465440293__v2__HighRes__SuperBowlLviiKansasCityChiefsVPhiladelphiaEa-1920x1280.jpg)
Os estigmas da derrota foram claros como a luz do dia. Hurts, que havia assinado um contrato de cinco anos para ser o jogador mais bem pago da liga - superado dez dias depois por Lamar Jackson -, fez grandes atuações ao longo do calendário regular, como a vitória por 37 a 34 sobre Buffalo, em um dos grandes jogos da história recente. Porém, o pós-Super Bowl não foi tão bom para Sirianni, que perdeu o coordenador ofensivo Shane Steichen e o defensivo Jonathan Gannon.
As contratações para os lugares da dupla não foram bem, gerando regresso nos quesitos. No wild card, os Buccaneers novamente foram algozes, mas já sem Brady, coube a Baker Mayfield lançar para 337 jardas e conduzir seu time a um triunfo por 32-9. Todos os coordenadores foram demitidos por Sirianni após o revés.
O apogeu da bola oval
O trabalho de Sirianni começou a enfrentar pressão grande. A chegada de Saquon Barkley, ponto de sustento do New York Giants por anos como running back, fez o nível saltar. Mas a derrota para Atlanta na semana 2, com uma chamada questionável que gerou a derrota no fim do confronto, e uma discussão com torcedores de sua própria equipe após a vitória sobre Cincinnati, fez a panela quase explodir. Os bons resultados nas 100 jardas seguraram o clima, e um 14-3 na campanha, com estragos da combinação Hurts-Barkley, acalmou os ânimos.
No wild card, Green Bay Packers. No divisional round, Los Angeles Rams. Vitórias que não foram tão fáceis, mas criaram a confiança necessária. O último passo para o Super Bowl foi mágico: 55 a 23 sobre os Commanders, com jogadas espetaculares do ataque e um passeio tático dos coordenadores de Sirianni, além de três touchdowns de corrida para Saquon, eleito dias depois jogador ofensivo do ano. E no Super Bowl, um novo passeio. Punhal no pescoço da dor causada dois anos antes, revanche sobre o algoz e show sobre Kansas. Uma defesa firme, que pressionou Mahomes até o último segundo e impediu que sua genialidade aparecesse. Um show de viagens e relâmpagos, com passes e corridas imparáveis. A história escrita de forma merecida. Philadelphia Eagles, bicampeões do Super Bowl.
![Super Bowl LIX between the Kansas City Chiefs and the Philadelphia Eagles – Game](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,quality=75,format=webp/uploads/2025/02/AFP__20250210__36XF8TE__v1__HighRes__SuperBowlLixBetweenTheKansasCityChiefsAndThePhi-1920x1237.jpg)
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